Política Titulo Repercussão
Trio protagonista em 2008 discute em São Bernardo

Marinho, Alex e Orlando voltam à cena para trocar farpas

Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
15/04/2011 | 07:32
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Os três protagonistas da disputa eleitoral ao Paço de São Bernardo, em 2008, voltam à cena em decorrência de manobra política na Câmara, na sessão de quarta-feira. Os derrotados no pleito municipal passado, deputados estaduais Alex Manente (PPS) e Orlando Morando (PSDB), criticaram a postura do prefeito Luiz Marinho (PT), que orientou a bancada governista a votar, na eleição da 1ª secretaria, no candidato do grupo ligado ao tucano, para minar a força do popular-socialista.

O posto estava a cargo de Otávio Manente, que morreu dia 6. A disputa ficou entre Marcelo Lima (PPS), que representaria a continuidade do antecessor, pai de Alex, e Sérgio Demarchi (PSB), da oposição, com relações estreitas a Orlando Morando.

A oposição rachou: três vereadores votaram em Marcelo e cinco em Sérgio, que também teve apoio da base de sustentação de Marinho. A leitura política é de que o prefeito petista se aproveitou da situação e aderiu ao grupo ligado ao tucano para aniquilar o poderio político do G-5 (grupo de cinco vereadores independentes, que era liderado por Otávio e agora está sob tutela do filho). E, assim, desde já, tirar força de Alex , visto como fiel da balança para as eleições o ano que vem.

Alex se disse chateado e ressaltou que faltou respeito no episódio. "A política tem de ter limites, mas cada um tem o seu limite. Liguei para o prefeito Marinho para saber se ele tinha se envolvido pessoalmente na questão e ele confirmou. Fiquei surpreso. Mas temos de entender que a Câmara é autônoma", salientou o deputado.

Orlando Morando foi ainda mais incisivo. "Quero esclarecer que em absolutamente nada e em nenhum momento houve algum movimento, tratativa ou articulação da minha parte (na eleição da 1ª secretaria). Até porque tenho tido uma posição ética de como deputado estadual não interferir nos trabalhos internos da Câmara", enfatizou por nota.

O tucano criticou a gestão Luiz Marinho, com a qual tem "clara e transparente" oposição". "Seguramente, aqueles que o acompanham em suas decisões pagarão um alto preço diante do eleitorado por apoiar um governo ruim, despreparado e que não condiz com a realidade da nossa cidade (...) Jamais me unirei ao PT e ao prefeito Luiz Marinho por não concordar com suas decisões, postura e ideologia.."

O secretário de Governo, Maurício Soares (PT), saiu em defesa do chefe. "Em nenhum momento pensamos em fazer algo em desrespeito ao Otávio. Todos sabem o carinho com que Marinho acompanhou os acontecimentos. Houve reunião após a missão de 7º dia da morte, na terça-feira, por conta do prazo. A eleição para a 1ª secretaria era na quarta-feira. O grupo governista não lançou candidato porque não temos votos suficientes (oito). Tínhamos de fazer composição e o PPS estava fechado (no G-5). Ninguém estava preocupado em ferir ninguém ou desrespeitar."




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