Política Titulo Desentendimento
Xerox é estopim para briga entre vereadores

Presidente da Câmara de Rio Grande não permite que parlamentar tire cópias além da cota

Cynthia Tavares
Especial para o Diário
31/03/2011 | 07:09
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O clima entre o presidente da Câmara de Rio Grande da Serra, Waldemar Perillo (PSDB), e o vereador Cleson Alves de Sousa (PT) não anda sendo dos melhores. A indisposição ficou ainda mais clara durante a sessão de ontem, quando os dois mal se entreolhavam.

O estopim ocorreu na semana passada, quando o tucano não permitiu que o petista tirasse xerox no Legislativo. "Comuniquei que cada um aqui tem uma cota de 40 cópias por mês e isso vem de outras épocas. Falei isso e ele começou a debochar da minha cara. Pedi para trazer as folhas e que cederia a máquina. Daí ele subiu nas tamancas", contou o presidente. O tucano lembrou que o petista chegou a provocá-lo em plenário. "Ele trouxe as folhas pra mim quando estava na tribuna. Respondi que não era office-boy dele".

Sousa necessitava de 300 cópias. "Precisava para distribuir um projeto solicitando um banco de alimentos para a cidade. É extenso e faria cópias para a Câmara, Executivo e para o Conselho Municipal de Segurança Alimentar", explicou. "O presidente implantou um regime", julgou.

Por fim, as cópias não foram feitas. Perillo explicou que um dia antes de Sousa lhe trazer as folhas, o toner da máquina de xerox quebrou.

Os problemas de relacionamento entre os dois não são de hoje. No começo do mês, o petista atacou o presidente por conta do projeto de lei aprovado que exige três assinaturas para que os requerimentos entrem em discussão no plenário. O fato revoltou o PT, que mostrou sua insatisfação diante da iniciativa. "Reclamam porque eles fazem uma política suja e a Câmara de Rio Grande da Serra não pode admitir isso", considerou o tucano.

Sousa, ao saber das declarações do presidente, não pestanejou e respondeu: "Ele está equivocado nessa colocação. Fazemos política para descobrir a sujeira". O parlamentar voltou a insinuar que a medida é ditatorial. "É aquela velha história: dê poder ao homem para conhecê-lo. Não sei onde ele quer chegar com isso tudo", criticou o petista.

Perillo ficou incomodado com os requerimentos de informações protocolados pelos adversários desde o começo do ano. As matérias solicitavam diversas informações sobre o gasto do Executivo com obras públicas. "O PT tem mania de criticar e desmoralizar. O Cleson não tem consideração por nada. É preciso ter, no mínimo, humildade", respondeu.




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