Questionado sobre se aguardar ainda mais para fazer o pedido não seria uma medida protelatória, o ministro rebateu: "Não é protelatório porque os embargos de declaração vão esclarecer se vai resultar ou não em procedência e a Corte vai ter de decidir. Sobre as ações da AGU vamos analisar em cima do que foi publicado para ver a possibilidade de tomar alguma medida de imediato".
O acórdão do mensalão, publicado na segunda-feira, 22, informa que houve desvios de dinheiro na Câmara dos Deputados e no fundo Visanet, que é abastecido com recursos do Banco do Brasil. O prazo para apresentação dos embargos de declaração vence em 2 de maio.
Adams afirmou ainda não ter recebido nenhuma consulta da Câmara para realizar um parecer sobre a perda de mandato dos deputados condenados no processo. O ex-presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), tinha informado, no final do ano passado, que faria o pedido à AGU.
O STF afirmou que cabe à Câmara apenas decretar a perda dos mandatos. Maia defendia que a Casa deveria dar a última palavra sobre o tema em votação secreta no plenário. O atual presidente, por sua vez, já deu declarações nas duas direções, tendo, na sua última manifestação sobre o tema, afirmado que a Câmara analisará apenas de maneira formal a perda do mandato.
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