Esportes Titulo Basquete
Santo André conquista o Brasil pela segunda vez
Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
28/02/2011 | 07:52
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Doze anos depois, Santo André está novamente no lugar mais alto do pódio no basquete feminino. Ontem, de forma incontestável, o time de Laís Elena derrotou Ourinhos 65 a 49 (26 a 27 no primeiro tempo) e sagrou-se campeão da Liga Nacional. A final foi decidida em jogo único, no Ginásio Lineu de Moura, em São José dos Campos, que recebeu grande público.

A pivô Simone Lima, única jogadora no elenco remanescente do título brasileiro de 1999 foi o destaque da partida com um duplo-duplo. Ela pegou 17 rebotes - dez na defesa e sete no ataque - além de marcar dez pontos. A cestinha, porém, foram Micaela, de Santo André e Djane, de Ourinhos, com 15 pontos cada uma.

Santo André dominou o confronto desde o início e impôs o ritmo que mais lhe interessava. Ourinhos só mostrou poder de reação no fim do segundo quarto, quando Laís Elena resolveu dar descanso para a pivô Êga e permitiu que o time do Interior tirasse os dez pontos de vantagem que mantinha Santo André na liderança.

No segundo tempo, porém, a equipe do Grande ABC deu show. Com incrível determinação, defendeu como nunca e roubou uma série de bolas - seis no total - partindo para cestas tranquilas. Sem reação, Ourinhos apenas assistiu a construção do placar com 16 pontos de diferença: 65 a 49.

O apito final libertou o grito de campeão engatilhado há 12 anos, desde quando o time comandado por Janeth e Helen, que ontem foi homenageada pelo fim da carreira, conquistou o Brasil. A festa que começou em São José dos Campos só terminou horas depois em churrascaria de Santo André.

 

Jogadoras celebram prêmios individuais

 

As jogadoras de Santo André não conseguiam explicar com palavras o que estavam sentindo após a confirmação do título. Frente aos quase 500 andreenses que compareceram ao ginásio, elas tentavam segurar as lágrimas e a emoção.

Cada uma tinha razões diferentes para comemorar. A pivô Simone Lima vibrava pela brilhante atuação, a melhor em toda a Liga. "Foi especial para mim. Entrei muito disposta em quadra, brigando por cada lance porque sabia que essa era nossa chance. Não podíamos deixar passar. Felizmente conseguimos", comemora.

A cestinha Micaela, celebrava o ressurgimento para o basquete depois de algumas temporadas apagadas. "Estava me sentindo muito bem nessa final. Quando isso acontece, é difícil de me parar. Pude colaborar quando o time mais precisou", ressaltou a jogadora.

Mas ninguém estava mais radiante que a ala cubana Ariadna. Apesar de não ter brilhado, ela terminou como cestinha da competição, com média de 17,7 pontos por partida, além de ter sido eleita a melhor jogadora da Liga.

"Isso devo a todo o grupo. Minha maior alegria hoje é ser campeã. Os prêmios individuais contam, mas o que vale é o título", garante a jogadora, tentando equilibrar os dois troféus que recebeu. "Estava cansada nessa final. Fiz mais de 30 pontos em alguns jogos, mas também sou ser humano e canso", completou, justificando a fraca atuação na final.




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