A oposição do Bahrein lamentou ontem a ausência de diálogo com o governo, apesar das promessas do poder, enquanto os manifestantes continuavam exigindo a partida da família real Al Khalifa.

O "diálogo nacional" que devia tirar o Bahrein da crise na qual submergiu há quase duas semanas ainda não começou, afirmaram representantes da oposição, que esperam esclarecimentos do governo.

Quando questionado sobre o processo de diálogo promovido pelos Estados Unidos, o líder da oposição, Matar Matar, respondeuque "ainda não começou, porque o governo não tomou nenhuma iniciativa para fazer reformas políticas".

O povo deve ter "garantias". "Precisamos de esclarecimentos sobre (...) A ordem do dia e a duração das discussões", explicou Khalil al Marzuk, líder do partido Wefaq.

O rei Hamad Ben Isa al Khalifa designou seu filho, o príncipe Salman Ben Hamad al Khalifa, para dirigir o diálogo com a oposição, que refuta a monarquia sunita.

Matar e al Marzuk, ambos deputados, fazem parte do bloco de 18 parlamentares membros do Wefaq, que se retirou do Parlamento em protesto pela morte de sete manifestantes, vítimas dos disparos feitos pela polícia durante os primeiros protestos de 14 de fevereiro.

Milhares de pessoas protestaram em Manama neste sábado para exigir a queda do regime sunita.