Economia Titulo Teleatendimento
Setor de call center é porta de entrada para jovem
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
14/02/2011 | 07:36
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Jovens sem experiência encontram nas empresas de call center a oportunidade de entrarem no mercado de trabalho. Isso porque, hoje, o setor de serviços é o principal gerador de empregos do País, ultrapassando a indústria em números de contratações.

Para se ter uma ideia, o mercado traça crescimento de 8% em seus negócios para este ano no Estado de São Paulo. Em 2010, o setor faturou R$ 10 bilhões, sendo que desta cifra R$ 5,9 bilhões, mais da metade do faturamento nacional das empresas terceirizadas, foi somente no Estado paulista, segundo o Sintelmark (Sindicato Paulista das Empresas de Telemarketing, Marketing Direto e Conexos).

"Por mais um ano consecutivo o call center está crescendo em faturamento e contratações. Isso se deve, por exemplo, à inclusão das classes C e D no varejo, ou seja, crédito facilitado para quem tem menor poder aquisitivo, o que aumenta a demanda de compras por determinados produtos e serviços. Dessa forma, há um incremento no relacionamento com as áreas de SAC das empresas, o que, consequentemente, alavanca a necessidade de contratações", explica Stan Braz, diretor presidente executivo do sindicato.

Devido a esse crescimento, as empresas de call center recrutam, geralmente, jovens para treiná-los, conforme os moldes da companhia. "Basta o jovem ter formação básica e ser maior de 18 anos. A empresa vai treiná-lo, fornecer a ele as informações necessárias. Em contrapartida, a pessoa tem a oportunidade de entender como funciona uma empresa, ganhar experiência e oportunidade de crescimento", afirma Braz.

Segundo ele, muitos dos que atuam no setor acabam se desenvolvendo em áreas ligadas a tecnologia. "O lado negativo disso é que, hoje, os jovens saem das escolas com uma formação muito fraca. Precisam aprender a se comunicar, escrever - pré-requisitos básicos em qualquer processo de seleção. No call center a pessoa precisa aprender tudo isso", enfatiza o diretor presidente do Sintelmark.

O salário médio pago pelas empresas instaladas no Estado de São Paulo, inicialmente, é de R$ 570, mais benefícios - já que as companhias contratam sob regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

 NÚMEROS - O mercado nacional de call center conta com cerca de 1,2 milhão de pessoas. Somente no Estado de São Paulo esse número chega a 400 mil profissionais e 137 mil PAs (posições de atendimento).

O Grande ABC é responsável por reunir cerca de 100 mil do total de profissionais - o que representa 8,5% do total das pessoas que trabalham nesse segmento no País.

CAUTELA - O setor cresce anualmente, cerca de 12%. Neste ano a previsão é mais conservadora. "Esperamos um desempenho de 8% em relação a 2010 por conta da mudança no governo federal. Enquanto o cenário econômico e político não forem totalmente definidos, preferimos manter uma projeção mais contida", afirma Braz.

 




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