Arroz, feijão, bife, batata frita e salada de alface e tomate compõem prato ideal para a maioria dos brasileiros. Mas, está cada vez mais caro para a dona de casa atender a essa expectativa da família. A cesta básica desta semana ficou R$ 8,39 mais cara e seu valor atingiu R$ 444.

O grupo dos hortifrutigranjeiros ficou 9,86% mais pesado no bolso do consumidor. Com alta de 29,19%, a batata roubou do tomate o papel de inimigo número um do orçamento doméstico. O fruto, que chegou a preços estratosféricos há duas semanas, já está mais acessível e apresentou queda de 16,23% nos últimos sete dias. O quilo já pode ser encontrado por R$ 5,73, em média, chegou a custar R$ 15. Enquanto a batata não para de subir e o valor médio nesta semana foi de R$ 4,16, o quilo. A explicação dos especialistas é que as chuvas atrapalham o processo de desenterrar o tubérculo, o que empurra o preço para cima.

Outro fator decisivo para a elevação é o fato de o consumidor não abrir mão do produto na mesa. A laranja, outro item clássico da dieta nacional, foi o produto que registrou o segundo maior reajuste, 21,43%, com o preço médio do quilo ficando em R$ 1,53, quando semana passada custava R$ 1,26. "Esse movimento ascendente não deve se sustentar. Com o começo da safra de poncã e do caqui - que competem com a laranja - o valor deve começar a encolher", diz o engenheiro agrônomo responsável pela pesquisa da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), Fábio Vezzá De Benedetto. "Além disso, as temperaturas mais baixas do outono e do inverno fazem com que as pessoas consumam menos saladas e frutas, portanto, esperamos que os preços caiam", completa Essa tendência já pode ser sentida em algumas frutas, como a banana, que subiu 6,47%. No entanto, a dona de casa deve ficar atenta às variações de preço que, no caso do quilo da nanica, podem chegar a 53,69% e oscilar entre R$ 1,49 e R$ 2,29.

"A boa notícia é que o feijão, que vinha subindo, ficou estável nesta semana", afirma Benedetto. O leite, que também estava com tendência de alta, recuou. Mas essa situação pode mudar, pois com o inverno, os produtores têm de complementar a alimentação do rebanho com ração por causa do pasto seco e esse custo costuma ser repassado no preço. O frio também pode ter reflexo no tomate, que tende a subir novamente.

A dúzia de ovos ficou 20,6% mais cara. Os dados da cesta básica são resultado da pesquisa semanal feita pela Craisa, que acompanhou o preço de 34 produtos em 18 supermercados e hipermercados e se baseia no consumo de família de quatro pessoas. (colaborou Tauana Marin)