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Demanda de empresas por crédito reage

Depois de retração em outubro, procura sobe 3,3% em novembro, aponta Serasa Experian

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
17/12/2010 | 07:26
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Depois de registrar retração em outubro, a demanda por crédito pelas empresas voltou a crescer em novembro, com alta de 3,3% frente ao mês anterior. É o que aponta a nova pesquisa da Serasa Experian, empresa de informações creditícias.

O avanço da procura por financiamentos pode ser explicado pelo impacto da greve parcial no setor bancário, ocorrida durante a primeira quinzena de outubro, na avaliação do gerente de indicadores de mercado da Serasa, Luiz Rabi. As paralisações acabaram refletindo em redução do movimento, que depois reagiu.

Por sua vez, em novembro na comparação com mesmo mês de 2009, o crescimento da demanda é ainda mais expressivo (expansão de 10,5%) e, no acumulado dos 11 meses do ano, houve crescimento de 7,5%.

Rabi destaca que o ano passado foi muito ruim em relação ao crédito para as empresas, que demorou mais para reagir que os empréstimos para os consumidores a pessoas físicas. O gerente do Serasa acrescenta que a própria retomada da economia brasileira, estimada em 7,5% para o ano todo, estimula a obtenção de financiamentos. "Para as empresas cresceram, elas precisam de capital de giro", observa.

POR PORTE - No acumulado de janeiro a novembro de 2010, as grandes companhias lideraram a procura por crédito: crescimento de 8,8% na comparação com mesmo período de 2009.

As micro e pequenas empresas totalizaram elevação de 8,2% na demanda por crédito durante o período acumulado de janeiro a novembro de 2010. As médias registraram recuo de 8,5%. A explicação do gerente da Serasa é que essas companhias sentiram mais o efeito da taxa cambial relativamente valorizada, já que muitas são exportadoras e sofreram com o mercado externo pouco dinâmico.

SETORES - No acumulado de janeiro a novembro de 2010, na comparação com mesmo período do ano passado, as empresas do setor comercial, com alta de 8,1%, ficaram na liderança da procura por empréstimos. Logo em seguida figuraram as companhias de serviços, com variação acumulada de 6,9%. Por sua vez, a maior exposição do setor industrial ao cenário externo, ainda adverso, e o câmbio valorizado, que dificulta as exportações, fez com que a atividade apresentasse avanço de apenas 4,4% .

EXPECTATIVA - Em dezembro, a demanda por crédito deve voltar a recuar, na avaliação do gerente de indicadores da Serasa.

Isso porque, normalmente, como o comércio está estocado para as vendas de fim de ano e a indústria dá férias coletivas, a procura por empréstimos diminui.




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