Economia Titulo Mais caro
Inflação sobe 0,86% puxada por alimentos
24/11/2010 | 07:30
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A inflação medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15) em novembro atingiu 0,86%, ante 0,62% no mês anterior. Mais uma vez, os vilões da inflação em novembro foram os produtos alimentícios, que contribuíram sozinhos com mais da metade da taxa. Com alta de 2,11% em novembro, ante 1,70% em outubro, o grupo de alimentos e bebidas foi pressionado sobretudo pelas carnes, que subiram 6,10% no mês e já acumulam reajuste de mais de 20% neste ano.

O IPCA-15 é uma espécie de prévia do IPCA, índice oficial de inflação e que é referência para as metas de inflação do governo (4,5% em 2010). Os dois indicadores são calculados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), diferindo-se apenas no período de coleta. No ano, a taxa acumula alta de 5,07% e em 12 meses, de 5,47%.

Houve altas expressivas em outros alimentos importantes nas despesas das famílias, como feijão-carioca (10,83%), açúcar cristal (14,05%), tomate (10,28%), batata inglesa (9,96%), feijão-preto (7,15%), farinha de trigo (5,76%) e açúcar refinado (4,50%).

Os técnicos do IBGE não concedem entrevista sobre essa pesquisa. Gian Barbosa, analista da Tendências

Consultoria, acredita que a forte pressão dos alimentos "é reflexo da valorização das cotações agrícolas decorrente de problemas climáticos domésticos e também internacionais". Ele destacou também o espalhamento nos aumentos de preços e revisou a projeção de IPCA fechado em 2010 de 5,3% para 5,6%.

O economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luís Otávio de Souza Leal, trabalha com uma projeção ainda mais elevada para a taxa no ano (5,8%) e destaca que, apesar de os alimentos prosseguirem como principais responsáveis pela alta inflacionária, os reajustes nos serviços mostram que o atual cenário de aumento dos índices não é provocado apenas pelo comportamento elevado dos preços dos alimentos.




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