Nacional Titulo Segurança
SP: total de revistas policiais sobe 65% em cinco anos
17/11/2010 | 09:56
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Ser parado no meio da rua e tratado como suspeito, ouvir ordens, passar pela incômoda revista de homens armados e fardados. A abordagem, considerada o momento mais tenso da relação entre policiais e a população, não para de crescer em São Paulo e é atualmente o carro-chefe da PM (Polícia Militar) em termos de combate preventivo ao crime. A expectativa é de que até o fim do ano mais de 11 milhões de pessoas tenham sido paradas e revistadas por PMs no Estado, o equivalente a quase 30% da população.

Desde 2005, a média de abordagens registrada no Estado por mês subiu 65%, passando de 565 mil para 930 mil revistas. A tendência é de que esse número continue a crescer. Para amenizar ressentimentos das partes envolvidas nesses episódios, algumas medidas estão sendo adotadas.

No aniversário de 40 anos das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), em outubro, seu comando distribuiu panfletos com orientações a serem seguidas pelos moradores de São Paulo quando forem abordados por policiais. Entre os conselhos do texto preparado pela Rota estão "mantenha a calma", "seja educado sempre" e "esqueça o ‘você sabe com quem está falando?'".

Mas o foco principal das mudanças são os próprios policiais. Uma campanha vem sendo preparada pelo Centro de Comunicação Social da PM, em parceria com a entidade Instituto Sou da Paz e com estudantes da ECA-USP (Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo), voltada principalmente para o público interno.

"A abordagem é o principal cartão de visitas da polícia e por isso é necessário que esse momento não se transforme em uma ação vista como abusiva. A ideia da campanha é conseguir mostrar isso ao policial que está na rua", diz o diretor do Sou da Paz, Denis Mizne. Para receber críticas e sugestões, o grupo colocou no ar o blog abordagempm.blogspot.com.




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