Economia Titulo BNDES
Programa do BNDES tem dotação de R$ 134 bilhões
19/10/2010 | 07:54
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O governo já triplicou o orçamento original do programa de financiamentos subsidiados do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Projetado para injetar R$ 44 bilhões na economia para recuperar os investimentos no auge da crise, o PSI (Programa de Sustentação do Investimento) foi prorrogado três vezes e sua dotação alcançou R$ 134 bilhões.

Criado em julho de 2009 para durar inicialmente seis meses, o PSI vem sendo prolongado mesmo com o aquecimento da economia. No mês passado, o governo autorizou acréscimo de R$ 10 bilhões à dotação orçamentária do PSI. Com isso, dos R$ 180 bilhões emprestados pelo Tesouro ao BNDES nos últimos dois anos, o banco poderá chegar a R$ 134 bilhões emprestados sob as condições especiais do PSI até março de 2011.

Em julho, quando o programa havia sido prorrogado somente até dezembro e as taxas da maioria das linhas elevadas de 4,5% para 5,5% ao ano, o orçamento de R$ 124 bilhões já era 180% superior ao inicial. Até agora, R$ 104,4 milhões estão comprometidos em operações e R$ 62,7 bilhões já foram liberados. O foco principal do PSI é o financiamento de máquinas e equipamentos nacionais para a ampliação de capacidade produtiva nas empresas. O superintendente Claudio Bernardo de Moraes, da área de operações indiretas do BNDES, admite que a demanda superou a expectativas e começou a se tornar instrumento cada vez mais atraente para influenciar o investimento.

"Com a velocidade das solicitações de crédito ainda aumentando, o orçamento do PSI não daria até o fim do ano. O caráter pulverizado das operações do PSI tem impulsionado o aumento de capacidade em vários segmentos e recuperou a indústria de bens de capital a ponto de o setor também já planejar investimentos. O governo não quis deixar essa engrenagem parar", justifica.

Apesar da rápida recuperação do consumo, turbinado por renda e crédito em alta, o investimento saiu da crise mais lentamente. Chegou a despencar para 16,9% do PIB e só este ano deve recompor o nível pré-crise de 19%. A variável é considerada limitador do potencial de crescimento do País. Por meio dos incentivos do PSI, o BNDES tenta ampliar a capacidade de produção para que a oferta maior equilibre a forte demanda e evite pressões inflacionárias.




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