Quem disse que brasileiro não pode virar craque de beisebol nos Estados Unidos? Guilherme Cabrera Fernandes, 17 anos, saiu da terra do futebol para virar o queridinho de um dos esportes mais praticados naquele país. Em 2009, partiu para intercâmbio de um ano para aprimorar o inglês e, de quebra, virou ídolo na escola.

Como lá todo estudante tem de escolher uma atividade para praticar, Guilherme começou a treinar beisebol. Logo no primeiro jogo, a surpresa: o time estava perdendo quando ele rebateu bem algumas bolas. Assim, virou a partida e a equipe venceu.

Ao final da temporada, foi eleito o melhor na posição em que jogava - chamada center field -, no Estado do Colorado, onde morou. "Achei que eles seriam bem melhores do que eu. Não esperava por isso", afirma.

Por conta do bom desempenho, Guilherme ganhou bolsa de estudo em duas universidades norte-americanas, nos Estados do Arizona e Nebraska. No entanto, não pôde aceitar o convite, pois mesmo com a ajuda teria de desembolsar grande quantia de dinheiro. "Talvez depois da faculdade volte para lá", diz o garoto, que pretende estudar Engenharia ou Mecatrônica.

Incentivo - Guilherme ficou impressionado com a importância que os norte-americanos dão ao esporte. "No Brasil, não há incentivo. Lá, oferecem equipamentos e tudo o mais que precisar. O estudante não precisa pagar nada."

Quanto ao intercâmbio, o adolescente recomenda a experiência. Quando decidiu viajar, não manjava nada de inglês. Preparou-se durante um ano para ter pelo menos o básico e, então, partiu. No primeiro mês, ficou boiando. "As pessoas falavam e eu só concordava. De repente, comecei a entender tudo", lembra.