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Timão encara os próprios fantasmas

Corinthians em crise também desafia boa fase do ascendente
Vasco em São Januário, no Rio, às 22h desta quarta-feira

Nelson Cilo
Com Agências
13/10/2010 | 09:51
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Nas atuais circunstâncias, o que seria pior na frente do Corinthians: a boa fase do Vasco (às 22h de hoje, em São Januário) ou a implacável crise instalada no Parque São Jorge?

É provável que os dois fantasmas tenham a mesma dimensão aos olhos da Fiel, atenta à queda livre do Timão na tabela do Campeonato Brasileiro.

Que, nas últimas rodadas, despencaria da liderança para o terceiro lugar. A corda só poderia estourar nas mãos de Adilson Batista, que saiu de cena como responsável direto pela instabilidade alvinegra. As contusões de titulares importantes, como Paulo André, Ronaldo, Jorge Henrique, Chicão, e Ralf, entre outros, contribuíram para que alguns jogadores não parassem de frequentar a enfermaria.

MAIS UM - Como pouca desgraça é bobagem, as bruxas também encostaram Bruno César (lesão de primeiro grau no muscular adutor da coxa direita), que sai de combate durante 15 dias. Eles começou a sentir dores na derrota para o Atlético-GO, mas, no sacrifício, procurou resistir até o fim. Sem o eficiente armador, Fábio Carille - substituto de Adilson Batista - recorre ao canhoto Danilo para compor o quadrado. É possível que o primeiro, que não enfrenta o Guarani, domingo, em Campinas, nem reapareça no clássico diante do Palmeiras no dia 24.

EMOCIONAL - Carille, uma espécie de provisório apagador de incêndio, tenta resgatar a confiança do grupo na base da conversa. Não é apenas o emocional abalado que o preocupa. Ele considera indispensável alertar a zaga para os defeitos que desarticularam a estrutura toda nos 4 a 3 favoráveis a um dos quatro piores da temporada nacional.

"Quero sintonia na hora de subir ou de ficar nas bolas altas", sugere Carille, que resolveu pedir socorro ao experiente Chicão na zaga para, quem sabe, corrigir as visíveis deficiências no setor mais vulnerável do sistema do ex-comandante. Assim, ele consegue restabelecer, enfim, a dupla liderada pelo capitão William. Uma das urgentes medidas é o retorno de Roberto Carlos na esquerda, além de Elias, que se reapresentou da Seleção. O versátil segundo volante, que assume a responsabilidade no trabalho de coordenar a troca de passes, ressurge como ponto de equilíbrio. Alessandro continua na direita.

Parreira é o primeiro nome da lista para substituir Adilson

Carlos Alberto Parreira ainda é o primeiro nome da lista do presidente Andres Sanchez para substituir Adilson Batista no Corinthians. Inicialmente, o tetracampeão não parece disposto a voltar ao Parque São Jorge, mas o dirigente tentava convencê-lo ontem à noite a retornar ao futebol paulista.

O encontro entre ambos estava previsto para varar a madrugada, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Joel Santana seria uma das alternativas. Ele teria sido extraoficialmente sondado. No entanto, o representante do técnico do Botafogo-RJ afirmou que não há nenhum interesse na possível transferência.

Não faltam nomes como opções para ocupar o cobiçado trono: Oswaldo de Oliveira, Márcio Bittencourt, Silas, Ricardo Gomes, PC Gusmão e até Antônio Lopes. "Trarei alguém de expressão. Não vou me submeter a interferências", promete Sanchez, ao rebater as notícias de que as principais lideranças do elenco, especialmente Ronaldo, Roberto Carlos e William, seriam ouvidas no instante da escolha.




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