O São Caetano teve tudo para sair do Anacleto Campanella, ontem, com resultado positivo sobre o Bahia. Mas Eduardo perdeu um pênalti nos instantes finais e desperdiçou a chance de vencer. O empate por 1 a 1 só não foi pior porque manteve a diferença entre os clubes em nove pontos. O Bahia é o quarto com 49, enquanto o Azulão é o nono, com 40.

Um detalhe curioso, mas não surpreendente, causou perplexidade no estádio. Mesmo visitante, o Bahia tinha mais torcedores (cerca de 650) que o Azulão. Outra vez, a torcida da região não atendeu o apelo da diretoria, que fez promoção na venda dos ingressos. Era como se o São Caetano atuasse fora de casa.

Nos começo, o Azulão encontrava dificuldade em acionar os atacantes. Os meias Fernandes e Ailton eram vigiados de perto e os laterais não eram eficientes no avanço. Na direita, Artur, bem que tentava, mas a proteção da defesa conseguia impedir as arrancada do jogador. Do outro lado, Fernandinho, que foi a novidade do técnico Toninho Cecílio ao substituir Bruno Recife, errava muitos passes.

Assim, a única forma de acionar Eduardo ou Henrique Dias era nos famosos chutões. E aos 29, quase deu certo. Henrique Dias ganhou na corrida da defesa, saiu na frente do goleiro Fernando, mas chutou por cima. A resposta baiana foi na sequência, em chute forte de Helder. Luiz espalmou.

Aos poucos o Bahia tomava conta do jogo, principalmente ao explorar os avanços dos laterais do Azulão. Pela direita, aos 37, Ávine cruzou para Jael cabecear e Luiz fazer outra grande defesa. Quatro minutos depois, não deu para segurar. Jancarlos cruzou para Jael, que antecipou-se à marcação e, de cabeça, mandou para o gol: 1 a 0.

Cecílio apostou tudo no intervalo ao colocar o atacante Wellington no lugar do volante Jairo. Com isso, o Azulão passou a jogar no 4-3-3. E foi justamente nos pés de Wellington que começou o empate. Aos 11, ele chutou, a bola desviou e Fernando mandou para escanteio. Na cobrança, Eduardo deixou tudo igual.

O gol levou o Bahia ao ataque. Apesar do interesse de ambos em vencer, a pressa atrapalhou, e os goleiros pouco trabalhavam.

Na pressão final, o São Caetano conseguiu o que parecia improvável. Aos 42, em cruzamento na área, Jael colocou a mão na bola: pênalti. Eduardo bateu, mas Fernando defendeu e garantiu o empate.