Política Titulo Ex-ministra
Erenice Guerra mantém cargos no governo
21/09/2010 | 09:14
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Quatro dias depois de ter pedido demissão da Casa Civil, Erenice Guerra mantém cargos no conselho da Eletrobras, da Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco) e também do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) - órgão que está na raiz do esquema de lobby e tráfico de influência montado por Israel Guerra que motivou a queda da ex-ministra.

Com salário de R$ 5.122 mensais para participar de uma reunião a cada três meses, Erenice Guerra ocupa uma das 11 vagas no Conselho de Administração do BNDES, sob indicação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, comandado por Miguel Jorge.

Dilma Rousseff fazia parte do Conselho Fiscal do BNDES desde abril de 2008. No dia 13 de maio, o Diário Oficial informou a exoneração de Erenice Guerra desta vaga e a nomeação, no mesmo dia, para um conselho mais importante dentro do banco, o de Administração. Substituiu ali vaga deixada pela presidenciável petista Dilma Rousseff. O decreto é assinado pelo presidente Lula.

Segundo denúncia do consultor Rubnei Quícoli, representante da EDRB do Brasil Ltda., ao tentar um empréstimo de R$ 9 bilhões com o BNDES para um projeto de produção de energia eólica, foi encaminhado por um funcionário da Casa Civil a contratar a empresa Capital Assessoria e Consultoria. A empresa é cadastrada em nome de Saulo Guerra, também filho da ex-ministra. Quícoli teria sido pressionado a pagar R$ 240 mil para viabilizar o empréstimo, que acabou não sendo efetivado, segundo ele, por não ter entregado o valor cobrado.

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), candidato ao governo de Pernambuco, utilizou ontem o horário gratuito da propaganda eleitoral para levantar dúvidas quanto à capacidade de Dilma Rousseff em presidir o País. "Dá para acreditar numa candidata que deixou os assessores transformarem o Palácio do Planalto num escritório de recebimento de propina?", indagou ele.

Ainda ontem, o coronel Eduardo Artur Rodrigues Silva entregu carta de demissão do cargo de diretor de Operações dos Correios, após novas denúncias de favorecimento de empresas para contratos com a estatal.




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