Reinvidicação contra o aumento do custo de vida
na cidade de Maputo deixou ao menos 100 feridos
Sete pessoas morreram desde quarta-feira nos protestos contra o aumento do custo de vida em Maputo, que prosseguiam nesta quinta-feira nos subúrbios pobres da capital de Moçambique com três vítimas fatais, informou a Cruz Vermelha.
"Na quarta-feira recebemos dois corpos e a polícia outros dois. Hoje (quinta-feira) recebemos os corpos de três pessoas que morreram nos bairros onde acontecem as manifestações", declarou à AFP o porta-voz da Cruz Vermelha, Americo Ubisse.
O hospital central de Maputo recebeu mais de 100 feridos até o momento, muitos atingidos por tiros.
Testemunhas acusam a polícia de ter usado balas reais para dispersar os manifestantes.
A violência explodiu na quarta-feira quando milhares de pessoas saíram às ruas dos bairros pobres de Maputo para protestar contra o aumento do preço do combustível, do trigo, do pão, da água e da energia elétrica.
Moçambique, devastado por uma longa guerra civil (1976-1992) posterior à independência de Portugal, sofre com a miséria: 65% dos 20 milhões de habitantes vivem abaixo da linha da pobreza.
Os preços dispararam nos últimos meses por uma desvalorização do metical, a moeda nacional, em relação ao rand sul-africano. Moçambique depende muito das importações procedentes do país vizinho.
Em 2008, seis pessoas morreram em manifestações contra o custo de vida depois do aumento do preço dos taxis coletivos que os mais pobres usam para chegar no trabalho.
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