Em balanço ontem dos 100 dias de governo, o prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), avaliou que o poder de investimento do Paço só foi possível até agora com o repasse de recursos dos governos estadual e federal. Com a dívida, na ordem de R$ 117,3 milhões, novamente mencionada como engessamento da administração, o petista destacou que as parcerias e convênios firmados, inclusive com busca de verba internacional, têm sido fundamentais para o destrave da gestão.

Grana considerou que a atuação do Paço se dá, nesse momento em especial, por "dinheiro novo". "Se depender de recursos apenas do município não daria nem para manutenção", lamentou o prefeito, frisando que desde 1º de janeiro foram 200 grandes ações e outras de menor porte. Mas, de fato, citou ou comentou apenas algumas delas, não mais do que 30. "Fizemos inúmeras ações, dando rápidas respostas à população em casos emergenciais, como na roçagem e iluminação pública, demonstrando nova maneira de governar."

Grana ainda colocou na sua conta questões trabalhadas pelo governo anterior, como Polo Tecnológico - foram feitas visitas em equipamentos semelhantes em outras cidades, mas não houve avanços - e Poupatempo de serviços - está no mesmo pé em que encontrou.

O governo avalia que, atualmente, a margem de investimento da Prefeitura "é de zero". Entre as atividades, o petista realçou a retomada do diálogo social, com a implantação do PPA (Plano Plurianual) Participativo, proposta do Bilhete Único, protocolado há 20 dias na Câmara, e ampliação dos leitos de UTI adulto. "Conseguiremos avançar com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Mobilidade, Saneamento e Cidades Históricas."

O chefe do Executivo anunciou a ampliação do número de beneficiados pelo Bolsa-Família, programa do governo federal. Segundo Grana, a cidade passará de 16 mil famílias favorecidas pelo cartão para 25 mil dentro do projeto.