A série de gols sofridos pelo São Caetano nos últimos jogos preocupa Luiz. Foram seis nas últimas três partidas, quatro deles diante do Sport na derrota por 4 a 1 na abertura da 15ª rodada da Série B do Brasileiro. Com a franqueza costumeira, o goleiro avaliou que a equipe tem tomado gols por não cumprir a contento um fator básico do futebol, a marcação.

"Todo mundo quer sair para jogar e o miolo fica aberto. O time tem de ter a responsabilidade de saber que sem a bola é preciso marcar, fechar os espaços, não deixar que os zagueiros se virem lá atrás", comentou o camisa um, após os treinos físicos de ontem à tarde.

Na opinião do goleiro, contra o Sport o time sofreu dois gols logo no início da partida porque entrou desatento e na sequência levou mais porque teve de se desdobrar para reverter a desvantagem.

"Contra o Coritiba, por exemplo, a equipe foi aplicada na marcação. Só que quando ficamos com um jogador a mais (o Coxa teve um jogador expulso), não soubemos tirar proveito, tomamos sufoco no fim e sofremos um gol. "Contra o Sport entramos desligados e tomamos dois. Depois fica difícil reverter", alertou.

Segundo Luiz, o técnico Sérgio Guedes já conversou com o elenco sobre os gols que o time tem sofrido por conta dos descuidos na marcação. "Já foi conversado, mas voltou a acontecer contra o Icasa. Demos espaços, eles tomaram conta do jogo. Ainda bem que temos elenco com bons atletas. Quem tem entrado às vezes ajuda a resolver, como aconteceu contra o Icasa (time venceu de virada em casa por 2 a 1). Só que não dá para contar com isso, às vezes não dá para resolver. Não pode haver esse desequilíbrio."

Na avaliação do goleiro, jogador com mais tempo de clube (oito anos), por estar entre os primeiros no torneio - é o terceiro com 27 pontos, mas pode sair do G-4 hoje com o complemento da rodada - o Azulão passou a ser mais visado pelas outras equipes.

"Não chegamos ao G-4 à toa. O elenco é forte. Os outros times não vão nos deixar jogar. Temos de voltar rápido a mostrar o futebol de dois, três jogos atrás, porque daqui em diante já começa a definição de quem briga para subir e para não cair."