Economia Titulo Impostos
Arrecadação federal cresce 10% em julho
18/08/2010 | 07:19
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A arrecadação de impostos e contribuições federais somou, em julho, R$ 67,973 bilhões, de acordo com dados divulgados pela Receita Federal. Considerando a inflação medida pelo IPCA, o resultado foi 10,54% superior a junho deste ano, alta de 10,76% em comparação a julho de 2009.

A arrecadação administrada pela Receita em julho somou R$ 64,213 bilhões, com expansão real de 6,64% em relação a junho e 10,16% sobre julho de 2009. As demais receitas totalizaram R$ 3,759 bilhões, com alta real de 194,3% ante junho e 22,01% sobre julho de 2009. No acumulado do ano, a arrecadação federal soma R$ 447,464 bilhões, com aumento real de 12,22% ante igual período de 2009. A do mês de julho representou mais um recorde neste ano, em que todos os meses a marca foi quebrada.

Segundo a Receita, o resultado no ano é puxado pelo crescimento do volume geral de vendas (14,5%), o aumento da produção industrial (16,54%) e da massa salarial (11,32%). A maior contribuição para a elevação da arrecadação foi o crescimento da receita com Cofins e PIS/Pasep, que nos sete primeiros meses cresceu R$ 14,057 bilhões. Esses tributos incidem sobre o faturamento e é considerado um termômetro do ritmo da atividade econômica.

Em seguida, os destaques foram as contribuições previdenciárias, que arrecadaram R$ 11,584 bilhões a mais no acumulado do ano até julho. Por outro lado, obtido com IRPJ e da CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido), tributos que incidem sobre o lucro das empresas, reduziu-se em R$ 643 milhões em relação ao registrado no mesmo período do ano passado.

A Cide combustíveis foi o tributo que teve maior expansão no período de janeiro a julho entre as receitas administradas pela Receita. Esse tributo arrecadou no ano R$ 4,348 bilhões, com alta real de 139,7% ante o mesmo período de 2009. O segundo imposto que mais ampliou sua arrecadação foi o IOF, com alta de 33,06%, num montante arrecadado de R$ 14,438 bilhões. O IPI vem em terceiro lugar, com alta real de 25,70%, totalizando R$ 15,248 bilhões.

O imposto de importação e o IPI vinculado à importação, somados, aparecem em quarto lugar, com elevação de 18,87% no ano, e arrecadação de R$ 17,346 bilhões. Em quinto lugar, aparecem PIS/Cofins, com alta real de 16,76%, somando R$ 97,936 bilhões.

O subsecretário de tributação da Receita, Sandro Serpa, afirmou que medidas continuarão sendo tomadas para manter a arrecadação de tributos e contribuições federais em "nível adequado". Ao comentar o resultado, o secretário sinalizou em vários momentos que a Receita vai trabalhar até o fim do ano para que o crescimento dos valores recolhidos não fique abaixo de 10%. "O secretário Otacílio Cartaxo já disse que a Casa trabalha para que a arrecadação se mantenha estabilizada entre 10% e 12%."




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