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Pinheiro planeja eleger deputados por S.Caetano
Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
15/04/2013 | 07:28
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Tiago Silva/DGABC


O prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), planeja lançar candidatos a deputado federal e estadual com apoio do Palácio da Cerâmica. A intenção do peemedebista é retomar representantes nos parlamentos - a cidade não elege parlamentares desde 2006 e 2002, respectivamente.

Para definir os nomes, o prefeito disse que vai consultar as bases do PMDB municipal e estadual. "Ainda vou conversar com o partido para tomar uma posição. Vai ter candidato apoiado pelo prefeito. Nós estamos vendo articulações de outros candidatos querendo o apoio, mas nem eles sabem dizer se vão ser estadual ou federal. Cada um tem sua intenção de continuar na política. A preferência é ter candidatos a deputados estadual e federal", explicou Pinheiro.

No campo estadual, os nomes dos filhos do prefeito - Gica e Paulinho Pinheiro - são os mais especulados para a vaga. A fórmula de lançar os herdeiros políticos do chefe do Executivo já é conhecida em São Caetano. O último representante da cidade na Assembleia Legislativa, por exemplo, foi Marquinho Tortorello (PPS), eleito em 1998 e reeleito em 2002 com apoio do governo de seu pai, o então prefeito Luiz Tortorello (morto em 2004), que comandou o município em três oportunidades (1989-1992, 1997-2000 e 2001-2004).

Para cumprir o rito, o peemedebista terá de fazer boas amarrações na cidade, já que vereadores que integram a sua base também estudam tentar uma cadeira na Assembleia Legislativa e o governo almeja ter postulante único na cidade. Os vereadores Sidnei Bezzerra da Silva, o Sidão (PSB), que preside a Câmara, Beto Vidoski (PSDB) e Pio Mielo (PT) são pré-candidatos. O socialista é o que tem investido publicamente para contar com o apoio da gestão de Pinheiro.

Para a vaga na Câmara Federal, a tendência mais clara é uma aliança com o mandatário do PMDB paulista, o deputado estadual Baleia Rossi, que tende a trocar o Parlamento do Estado pelo de Brasília. Baleia foi um dos principais aliados do prefeito no partido para garantir a candidatura a prefeito no ano passado e mantém relações próximas com o Palácio da Cerâmica. Apesar de ele ser de Ribeirão Preto, a parceria focaria discurso de atuação do mandato nos dois municípios para justificar a campanha em São Caetano.

Jair Meneguelli (PT) foi o último representante são-caetanense na Câmara Federal. O petista exerceu dois mandatos (1994-1998 e 1999-2002). Assim que deixou a cadeira de parlamentar, o petista passou a presidir o Conselho Nacional do Sesi (Serviço Social da Indústria).

 

Paço também mira eleitorado de vizinhos

Para concretizar a intenção de retomar cadeiras na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa, o prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), mira angariar votos em cidades vizinhas. A estratégia é vista como necessária, já que o número de eleitores de seu município é reduzido e uma campanha restrita ao eleitorado que governa ampliaria as dificuldades de vitória.

Na eleição de 2012, cerca de 107 mil eleitores compareceram às urnas. Levando em conta o resultado eleitoral mínimo entre os deputados eleitos pelo PMDB, a investida de Pinheiro se faz necessária. "Só a população de eleitores de São Caetano não daria para fazer um deputado. Quando o Marquinho Tortorello (PPS) foi candidato com o apoio do prefeito (Luiz) Tortorello (morto em 2004), contou com toda a máquina administrativa e buscou votos em outras cidades", comentou Pinheiro.

A campanha do popular-socialista também focou o município de Matão, no interior do Estado. A família Tortorello é proveniente da cidade, que contou com comparecimento de cerca de 51,2 eleitores no pleito do ano passado e gozava de alto prestígio à época.

O único deputado federal eleito pelo PMDB em São Paulo, Edinho Araújo, da região de São José do Rio Preto, obteve 100.195 votos. Para concretizar a cadeira são-caetanense na Câmara Federal, o postulante teria que se aproximar da unanimidade no município.

Jooji Hato foi o deputado estadual eleito com a menor votação: 83.855. Apesar do número ser inferior, se comparado com o eleitorado da cidade ainda fica próximo da totalidade de eleitores.

A definição de alianças em níveis nacional e estadual também deve pesar nas estratégias do Palácio da Cerâmica. O PT visa reproduzir a parceria vitoriosa com o PMDB que elegeu a presidente Dilma Rousseff e o vice Michel Temer, em 2010. Com isso, a sigla deve montar coligação com os petistas e aumentar a disputa em São Paulo.

Já no campo estadual, o PMDB terá candidato próprio ao Palácio dos Bandeirantes. Por conta disso, as campanhas para deputado devem ampliar o fôlego para sustentar a investida do campo majoritário. Coligações devem ser feitas com siglas menores.




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