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Dilma diz ser favorável à união de homossexuais
29/06/2010 | 09:39
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A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse ontem ser favorável à união civil de pessoas do mesmo sexo. "Sou a favor da união civil. Acho que a questão do casamento é religiosa. Eu, como indivíduo, jamais me posicionaria sobre o que uma religião deve ou não fazer. Temos que respeitar", afirmou, durante sua participação no programa Roda Viva, transmitido pela internet e exibido ontem à noite pela TV Cultura.

"Direitos civis básicos, direito à herança e a receber a aposentadoria do parceiro, são direitos civis e devem ser reconhecidos de forma civil." Em relação ao aborto, outra questão polêmica no Brasil, a ex-ministra-chefe da Casa Civil defendeu que mulheres que se enquadram nos casos previstos em lei - estupro e risco de morte para a mãe - devem ter o direito de ser atendidas pelo serviço público.

"Sempre digo uma coisa: não acredito que tenha uma mulher que seja a favor do aborto. Não acho que as mulheres fazem aborto porque são favoráveis ao aborto. É uma coisa esquisitíssima, absurda supor que uma mulher seja a favor do aborto", disse. "Temos uma legislação no Brasil sobre essa questão e sou a favor de mantê-la. O que acho é que mulheres enquadradas naquela situação têm direito de fazer na rede pública, e tem-se de tornar isso acessível. Senão fica a seguinte situação: mulheres ricas têm acesso a clínicas, mulheres pobres usam a agulha de tricô."

Lula - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu publicamente ontem, pela primeira vez, seu desejo de ocupar algum cargo na área internacional após o término de seu segundo mandato, no dia 1º de janeiro. Em artigo divulgado pelo site do jornal britânico Financial Times, o mais prestigioso do mundo na área econômica, ele disse: "Após deixar a Presidência, quero continuar contribuindo para a melhoria da qualidade da vida da população. A nível internacional pretendo concentrar minha atenção em iniciativas que beneficiem países da América Latina e do Caribe e o continente africano."

No parágrafo seguinte ele deixou seu projeto ainda mais explícito: "Quero levar adiante os esforços feitos pelo meu governo no sentido de criar um mundo multilateral e multipolar, livre da fome e da pobreza. Um mundo no qual a paz não seja uma utopia distante, mas uma possibilidade concreta."

O projeto de Lula já foi abordado mais de uma vez pela imprensa, com informações de que estaria pretendendo um cargo na ONU (Organização das Nações Unidas) ou no Banco Mundial. O artigo assinado pelo presidente faz parte de um caderno especial sobre o Brasil, que deve circular hoje com a edição impressa do jornal, sob o título O Novo Brasil.




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