Internacional Titulo Mais potente
Irã vai construir um novo reator de pesquisa nuclear

O chefe da Organização da Energia Atômica iraniano não
especificou, no entanto, a potência que o novo projeto terá

Da AFP
16/06/2010 | 08:44
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O Irã construirá em breve um novo reator de pesquisa nuclear médica mais potente do que o que atualmente existe em Teerã, anunciou nesta quarta-feira o chefe do programa nuclear iraniano, Ali Akbar Salehi.

"Estamos preparando a construção de um reator mais potente do que o de Teerã para produzir radioisótopos, e este reator começará a funcionar em breve", declarou Salehi, citado pelo site da televisão estatal.

O chefe da Organização da Energia Atômica iraniano não, no entanto, especificou em que Estado será implantado o projeto nem informou a potência do novo reator.

O Irã dispõe atualmente, na capital, um reator de pesquisa nuclear de cinco megavatts construídos antes da revolução islâmica de 1979.

Contexto - A República Islâmica iniciou em fevereiro a produção de urânio enriquecido a 20% para, segundo a versão oficial, fabricar combustível para este reator de pesquisas. A decisão desencadeou uma nova crise na comunidade internacional, que suspeita que Teerã estaria tentando construir uma arma atômica, apesar de o governo negar inúmeras vezes.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou na semana passada, com o voto contra do Brasil e da Turquia e a abstenção do Líbano, uma nova resolução acompanhada de sanções que pede ao Irã, entre outras coisas, a suspensão do enriquecimento de urânio.

Teerã rejeitou esta resolução, assim como as anteriores, e não cogita parar de produzir urânio enriquecido a 20%.

Em um acordo firmado no dia 17 de maio com o Brasil e a Turquia, o Irã aceitou trocar em território turco 1,2 mil quilos de urânio pouco enriquecido (a 3,5%) por 120 quilos de combustível enriquecido a 20% para alimentar seu reator de pesquisas médicas da capital iraniana.

Esta proposta não foi muito diferente da que foi sugerida em setembro pelo chamado grupo de Viena, composto por Estados Unidos, Rússia e França, para criar um "clima de confiança" ante o programa nuclear iraniano.

A oferta do grupo de Viena foi recusada pelo governo do Irã. Após a proposta do trio Irã-Brasil-Turquia deste ano, as grandes potências demonstraram frieza com o país islâmico, argumentando que a oferta havia chegado tarde demais e que ele queria apenas ganhar tempo.




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