Economia Titulo Investimentos
Imposto leva parte do lucro da renda fixa
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
13/06/2010 | 07:17
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Quando a ideia é deixar a caderneta de poupança de lado e aproveitar a rentabilidade um pouco maior, porém menos segura, dos fundos e renda variável e outras modalidades de aplicação, o investidor deve ter em mente que nada é de graça. Isso porque o governo também participa da lucratividade dessas modalidades. A poupança é a única que não tem impostos.

Dentro do pacote renda fixa estão os fundos, títulos públicos, CDB (Certificado de Depósito Bancário), CDI (Certificado de Depósito Interbancário) e previdências privadas PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).

O conselheiro da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) Roberto Vertamatti alerta: "Quando você pensar em renda fixa, tome cuidado com a tributação." Todas as aplicações desta modalidade têm o Imposto de Renda sobre o lucro.

Quando o dinheiro fica aplicado por até 180 dias, o Leão come 22,5% do retorno se o investidor sair da aplicação. Entre 181 dias até 360 dias, a alíquota reduz para 20%. A escala regressiva segue com 17% sobre a rentabilidade de recursos mantidos nos fundos entre 361 dias até 720 dias. E acima de 721 dias, o Leão devora 15% do lucro. "O ideal é deixar o dinheiro aplicado por tempo acima de dois anos. Vai render mais", afirma Vertamatti.

Ele explica que no ano passado, a poupança ganhou 6,9%. E a renda fixa, retornou em média, 8,5%. Como incide tributação na renda fixa, considerando que o investidor tire o dinheiro em até 720 dias, ele terá rendimento de 7,06%. O governo fica com 1,44% do retorno.

O especialista alerta ainda sobre a taxa de administração, que é cobrada pelas instituições financeiras para gerenciar o dinheiro investido. "Esta pode variar de menos de 1% do valor aplicado, e pode chegar a 4%", diz Vertamatti, aconselhando que o pequeno poupador interessado neste tipo de aplicação pesquise antes de contratar os serviços dos bancos e corretoras.

Outro perigo da renda fixa é o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que incide em aplicações que são retiradas em até 30 dias. Esta taxa é regressiva e começa de 96% do lucro no primeiro dia, até 3% no 30º dia.

AÇÕES - Quando o assunto é direcionar o dinheiro ao mercado de capitais, ou seja, Bolsa de Valores, com possibilidade de ganhos maiores, o Leão também leva sua parte para o cofre. Vigente para qualquer prazo, toda renda variável tem 15% do lucro destinado ao Imposto de Renda.

Outro tributo cobrado das aplicações no mercado de capitais é o IOF. Todo rendimento proveniente deste setor terá 0,005% do imposto, que tem como objetivo informar ao Fisco sobre o investimento. As corretoras também cobram taxas de corretagens e o investidor terá uma pequena taxa de custódia.




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