Economia Titulo Preços
Alimentos têm sinal de estabilidade de preços
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
25/05/2010 | 07:37
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Os preços dos alimentos já apresentam indícios de estabilidade, segundo o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal) do Ibre-FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). Conforme o resultado da terceira quadrissemana de maio, o preço médio dos produtos alimentícios subiu 0,52%, contra alta de 1,18% vista na segunda semana. Portanto, as famílias com menor renda serão beneficiadas, segundo análise do assistente de coordenação do IPC-USCS/ABC (Índice de Preços ao Consumidor do ABC da Universidade Municipal de São Caetano), Lúcio Flávio Dantas.

Quanto menor a renda, maiores são os gastos com as necessidades básicas. De acordo com Dantas, a primeira necessidade das pessoas é encher a barriga. "Depois buscar onde morar e a terceira é se vestir", completou. Ele disse que, por lógica, os maiores gastos dos consumidores menos abastados estão no grupo alimentação, habitação e transportes.

Conforme nota do Ibre-FGV, houve queda nos preços de 13 itens, dos 21 que compõem o grupo alimentação do IPC-S. As hortaliças e legumes tiveram destaque, tendo em vista que apresentaram deflação média de 2,34%, contra alta de 0,97 do resultado da semana anterior. O arroz e feijão não apresentaram, juntos, queda nos preços, mas sim início de freada no aumento, com 6,39%, ante 8,25%.

Dantas lembra que as hortaliças e legumes são muito prejudicados em tempo de chuva, portanto, a oferta cresceu com o fim da temporada molhada. "A partir de agora a expectativa é de desaceleração, cada vez mais", previu Dantas, incluindo os grãos na análise.

O especialista da consultoria econômica LCA Fábio Romão disse que a classe de baixa renda será beneficiada em julho. "Nós esperamos que os alimentos apresentem estabilidade em junho e deflação em julho."

QUEDA
Também contribuíram para a queda do IPC-S os grupos transportes, que deflacionou 0,11%, e Educação, leitura e recreação (- 0,07 ponto percentual) e Saúde e cuidados pessoais inflacionou 0,74%, sobre 0,79% na semana anterior.




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