Internacional Titulo Crise política
Governo decreta novo toque de recolher na Tailândia

Objetivo da restrição é impedir que os distúrbios alcancem
as áreas agrícolas, berço de muitos manifestantes do país

Da AFP
20/05/2010 | 09:01
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O governo tailandês decretou um novo toque de recolher para as noites desta quinta-feira, sexta e sábado em Bangcoc e outras 23 províncias do país, essencialmente nas regiões norte de nordeste. O objetivo é impedir que os distúrbios alcancem estas áreas agrícolas, berço de muitos manifestantes.

Milhares de soldados patrulhavam nesta quinta as ruas de Bangcoc, onde os bombeiros lutam contra vários incêndios e ainda são ouvidos tiros, um dia depois da invasão do acampamento dos "camisas vermelhas", que provocou a rendição dos líderes do protesto.

O Exército assumiu o controle do centro da capital, mas vários militantes armados continuam escondidos em diversos edifícios, segundo o porta-voz militar Sunsern Kaewkumnerd.

Milhares de manifestantes abandonaram um templo budista de Bangcoc, um dos últimos refúgios dos "camisas vermelhas". Muitas mulheres e crianças haviam se refugiado no local, declarado "zona protegida" diante da iminência de uma operação militar.

A Bolsa de Bangcoc, vários shoppings e a sede de um canal de televisão, do qual foram retiradas 100 pessoas presas no incêndio, prosseguiam em chamas nesta manhã, segundo os bombeiros. Na região nordeste, os manifestantes incendiaram dois prédios de governos provinciais.

Os serviços de emergência divulgaram um balanço atualizado da violência da última quarta-feira, que terminou com 14 mortos e 91 feridos. As vítimas morreram na invasão ao acampamento "vermelho" ou nos combates posteriores. Um jornalista italiano morreu e outros quatro repórteres estrangeiros foram feridos.

A crise, que começou com manifestações pacíficas em março, deixou até o momento 82 mortos e 1,8 mil feridos, um balanço mais grave que o dos confrontos de 1992, que provocaram 50 mortes.

Estados Unidos, ONU, União Europeia e Japão condenaram a violência e pediram uma solução pacífica.

O primeiro-ministro tailandês, Abhisit Vejjajiva, que tinha a renúncia exigida pelos "vermelhos", pediu a confiança do país para superar a crise.




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