Os funcionários públicos de Ribeirão Pires descartaram greve da categoria após debater a proposta com representantes de diversos setores durante a semana passada. "O movimento ainda não está forte o suficiente para iniciar uma paralisação geral. Há muita pressão interna para afastar os servidores", afirmou Renato Foresto, do Sindicato dos Bancários.

A categoria pretende agora estudar novas formas de protesto. "Estamos pensando em espalhar faixas mostrando a situação do funcionalismo", disse Foresto, que foi candidato a vereador pelo PT na eleição de 2008 e organiza o movimento a pedido de servidores da Saúde.

Para o prefeito Clóvis Volpi (PV), a alegação de que haveria pressão da Prefeitura é "ridícula". "Abri as portas do Paço para a manifestação, e mesmo assim eles não conseguiram reunir nem 30 pessoas", declarou.

O verde reiterou que o aumento salarial de 2010 já foi definido (em média, 7%), e que as manifestações têm conotação política. "Esse movimento é organizado pelo PT. Fui o único prefeito a dar aumento, e só aqui eles vêm falar de greve", criticou. O Sindserv, sindicato oficial dos servidores de Ribeirão Pires, não aderiu ao movimento.