Os estudantes do Ensino Superior da região têm motivos para comemorar a recuperação da economia. O cenário promissor aumentou em 63% o número de empresas que disponibilizaram vagas de estágio no primeiro trimestre, somando 3.600 companhias.
De acordo com o CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), o número de jovens em programas de estágio encerrou o período de janeiro a março com 10 mil estudantes, incremento de 11% frente a igual período de 2009.
Passada a crise, a expectativa do superintendente da instituição no Estado de São Paulo, Luiz Gustavo Coppola, é que os números mantenham o ritmo de crescimento. "Atualmente, mais de 500 mil estudantes estão em estágio pelo CIEE."
Coppola salienta que as empresas estão enxergando o programa como canal para descobrir novos talentos. Enquanto que, para os estudantes, essa tem sido a forma mais rápida para entrar no mercado e ter chance de efetivação.
É o caso da estudante sãobernardense Priscila Alves da Silva, 22 anos, estudante de Administração que há um ano e um mês estagia na Mappel Indústria de Embalagens, no departamento de Recursos Humanos.
A aluna que trabalhava no comércio, agora anseia efetivação no seu primeiro estágio. "Antes, não vivenciava a profissão. Agora, cuido da parte burocrática, de benefícios, cadastro de funcionários e cartão de ponto", enumera.
Ela destaca que a carga horária é menor, de seis horas diárias, ao contrário do antigo emprego. Priscila acrescenta que também assimila melhor algumas matérias devido à rotina de trabalho.
Segundo o superintendente do CIEE, pesquisa conduzida pela TNS InterScience aponta que 64% dos estagiários contratados via instituição são efetivados pelas empresas no primeiro ou segundo estágio.
Das vagas oferecidas no Grande ABC, 45% são voltadas para o setor de prestação de serviços, 30% estão no varejo e 25% na indústria. O curso de Administração tem mais oportunidades, seguido por Comunicação Social, Direito e Engenharia.
DICAS - Coppola lembra que durante a seleção o importante é o candidato mostrar como ele é, independente de ser tímido ou comunicativo.
Mesmo sem experiências anteriores, o superintendente da instituição pontua que os selecionadores também valorizam outras habilidades, como participação em feiras e atividades filantrópicas. "Preparar currículo com informações claras e objetivas é um bom começo. Buscar informações sobre a empresa antes da entrevista também é importante", orienta o especialista.
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