Em uma sessão que tinha tudo para ser tranquila, os vereadores de Ribeirão Pires trocaram farpas e criticaram até o governo por manter estrutura precária para realizar as obras da cidade.

A discussão começou com o líder do governo na Câmara, Gerson Constantino (PV), cobrando a Secretaria de Infraestrutura Urbana por reforma malfeita no bairro Iramar.

"Após mexer no terreno, a máquina niveladora quebrou e só piorou a situação da rua", afirmou, alertando que uma única empresa não pode fazer todas as obras da cidade.

Ao ouvir as críticas, o veredor Zé Nelson (PPS), saiu em defesa do secretário, Régis Alexandre Dias, que é de seu partido. "Você não pode ficar falando mentiras, tem que falar a verdade", declarou.

Segundo o parlamentar, o governo estadual vistoriou o bairro na semana passada e proibiu novas obras no Iramar. "Por isso retiraram a niveladora", rebateu.

Após o embate, a discussão desviou para o sistema de Saúde do município, que na semana passava funcionava com apenas uma ambulância. "A gente sabe que a situação da Saúde e da Educação é péssima. Mas isso não ocorre só em Ribeirão, é em todo o País", disse o vereador Jorge de Moraes, o Jorge da Autoescola (DEM).

O presidente da Casa, Edson Savietto, o Banha (PDT), tentou acalmar os ânimos. "Nós sabemos que o problema é geral. Mas acho que se o secretário Jorge Mitidiero ouvisse os vereadores, a Saúde estaria bem melhor", pontuou.

VOTAÇÃO - Discussões a parte, a Câmara aprovou ontem a devolução de terreno da Prefeitura que seria emprestado à Emau Engenharia, empresa especializada em manutenção de máquinas que pretendia investir cerca de R$ 1 milhão na cidade. Os donos, porém, voltaram atrás após mudanças na hora de assinar o contrato.