Na segunda sessão em que a base de sustentação do governo Luiz Marinho (PT) na Câmara de São Bernardo contou com o reforço do ex-oposicionista Pastor Ivanildo de Santana (PSB), o bloco aliado mostrou sua força.

Projeto de lei foi colocado em votação mesmo com parecer contrário das comissões dirigidas pelos oposicionistas. As análises negativas foram apreciadas pelo plenário e derrubadas. O que possibilitou a apreciação da propositura que autoriza a Prefeitura renovar contrato emergencial com 75 professores do Programa EJA (Educação de Jovens e Adultos).

Indagado sobre o fato de a base de sustentação impor seu poder de maioria, o líder do governo na Casa, Tião Mateus (PT), avaliou ser situação normal. "Isso já ocorreu em outras ocasiões. Mas, de fato, a vinda do Pastor Ivanildo desequilibra (são 11 vereadores da base aliada e 9 da oposição em plenário, fora o presidente Otávio Manente, do PPS, que também é a favor da gestão Marinho)", reconheceu o petista.

Tião ressaltou, porém, que o grupo governista estabeleceu diálogo com a oposição antes de ter atitude mais firme, o que resultou em acordo para aprovação de requerimentos e outras três propostas do Executivo.

Foram aprovados o Projeto Oportunidades, que dentre outras ações sociais prevê a contratação de 1.000 pessoas para a frente de trabalho, isenção de impostos para o campus da UFABC (Universidade Federal do Grande ABC) e a denominação de uma rua.

INCONSTITUCIONAL - O vereador Admir Ferro (PSDB) ameaça entrar com representação no Ministério Público se o projeto que considera inconstitucional for sancionado pelo prefeito Marinho. O tucano ressalta que a renovação de contrato emergencial para contratação de 75 professores do Programa EJA não se justifica pois já ocorreu mais de duas vezes. "Desde o ano passado existe esse contrato. Onde está justificada a emergência? Isso é contratação temporária o tempo todo. O correto é abrir concurso."