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Serra enfrenta vaias durante inauguração
27/03/2010 | 08:48
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Cerca de 200 servidores estaduais, entre professores, agentes penitenciários e profissionais da Saúde, vaiaram na sexta-feira o governador José Serra (PSDB) em Presidente Prudente, no interior paulista, onde o tucano inaugurou obras.

Com nariz de palhaço e faixas que foram proibidas de ser abertas pela Polícia Militar, os manifestantes se reuniram na frente do prédio do AME (Ambulatório Médico de Especialidades), inaugurado pelo governador. Eles chamaram Serra de "ditador" e "mentiroso."

"Nos proibiram de entrar no prédio e de colocar as faixas, bolsas de mulheres foram revistadas e um professor foi tirado à força por um PM", reclamou Alberto Brushi, diretor regional da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo). Um capitão da Polícia Militar, que pediu anonimato, disse que não havia mais espaço para colocar faixas mesmo a favor do governo. Ele justificou a revista das bolsas alegando que poderiam conter até bombas e não apenas faixas.

Quem também se queixou foi o sindicalista Rozalvo José da Silva, secretário-geral do Sindasp (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo). A exemplo dos professores, em greve há 19 dias, os agentes penitenciários decidiram entrar em greve a partir do dia 30. "Vai ser uma greve progressiva, começa numa penitenciária (a de Martinópolis) e vai para outra", explicou Silva, observando que "Serra não oferece nada de reajuste" e que os 22 mil agentes, que cuidam de 180 mil presos, exigem reajuste salarial de 26,34%.

Antes de inaugurar o ambulatório, que funciona desde fevereiro, o governador, que chegou à cidade com mais de uma hora de atraso, entregou um helicóptero à Polícia Militar. O pré-candidato à Presidência não respondeu perguntas sobre seu candidato a vice e o crescimento da ministra Dilma Rousseff nas pesquisas.




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