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Consórcio também contará com FGTS

Administradoras de consórcios esperam crescimento
de 10%; bancos não veem disputa com financiamento

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
08/03/2010 | 07:02
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Termina no dia 18 o prazo para a Caixa Econômica Federal desenvolver as regras, por completo, para que trabalhadores possam utilizar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) em consórcios imobiliários.

Durante a apresentação dos resultados de 2009 da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), na semana passada, o presidente executivo da entidade, Paulo Roberto Rossi, demonstrou ansiedade para o mecanismo. "Esperamos que o manual seja entregue neste mês. E acreditamos que isso impulsionará o mercado de consórcio de imóveis."

A expectativa da Abac é que o setor cresça 10%. E a entrada do FGTS é um dos pilares desta previsão. Sem contar com o FGTS, as administradoras comercializaram 206,1 mil cotas para aquisição de imóveis no ano passado, avanço de 0,5% sobre o resultado de 2008.

O presidente nacional da Abac, Idevaldo Rubens Mamprim, comentou, durante a apresentação, que a entrada do uso do fundo dá margem para que a classe C tenha maior acesso aos consórcios. "Essa classe em ascensão será a mais beneficiada", citou ele, destacando o grande acesso ao crédito que o grupo de famílias tem no momento, "O consórcio é para quem não pode comprar em outro segmento", completou.

REGRAS - Os consorciados só poderão adquirir imóveis urbanos de até R$ 500 mil, com a utilização do fundo de garantia. Porém, essa facilidade vai de encontro com os financiamentos imobiliários dos bancos, que normalmente oferecem a modalidade por consórcios.

Para o superintendente de crédito imobiliário do HSBC, Jaime Chiganças, não haverá disputa entre os dois tipos. "O cliente de consórcio é aquele que pretende comprar imóvel a médio e longo prazos, uma aquisição programada. Já quem procura o financiamento, normalmente, quer o imóvel de imediato", explicou.

O grupo Santander trabalha com as duas modalidades. O banco oferece financiamento e a Aymoré, consórcio. O gerente de negócios imobiliários da instituição, Gildo Eduardo, acredita que há o mercado para os dois segmentos.

Consumidor é obrigado a poupar nesta modalidade

Desconsiderando a rentabilidade, o vice-presidente do Conselho Nacional da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, Fabiano Lopes Ferreira, afirma que o consórcio é melhor negócio que a poupança para o consumidor guardar seu dinheiro.

"Quando a pessoa está aplicando na poupança, que tem sua rentabilidade, se houver algum imprevisto, ele tira o dinheiro e gasta", explica Ferreira. Já no consórcio, ele diz que o consumidor é "obrigado a aplicar todo o dinheiro e só pode retirá-lo no caso de contemplado".




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