D+ Titulo Trampo
Hora de animar a festa
Por Marcela Munhoz
21/02/2010 | 07:04
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A mesada está curta - acaba antes do fim do mês - e não aguenta mais ficar moscando em casa nos fins de semana? Por que não arranja um trampo como monitor de bufê infantil? Muita gente não só já parou para pensar no assunto, como arregaçou as mangas e começou a trabalhar.

Amanda de Lima Diniz, 16 anos, de São Bernardo, está nesta atividade. Ela decidiu começar a fazer bicos porque teve de deixar o handball e estava enjoada de não fazer nada, além de, claro, querer engordar o cofrinho. "No começo fui porque minha irmã já trabalhava lá. Gostei e fui ficando", conta a garota, que hoje, além de recreacionista, foi promovida para o cargo de secretária com carteira profissional assinada.

"Para trabalhar nesse tipo de negócio, é preciso paciência, animação e não pode ter vergonha. Com o tempo se pega o jeito", garante Amanda. Mas não pense que é moleza, não! Tem de gostar muito de criança e de brincar para ser monitor. Ela costuma trabalhar todos os fins de semana, mas não reclama. "A gente acaba fazendo muitas amizades. Quando vê que o dinheiro está entrando, dá mais força de vontade ainda."

Além de conseguir o começo de sua independência financeira, a garota afirma que trabalhar cedo a ajudou a ter mais jogo de cintura e maturidade. "Também é importante para o meu currículo. Quero fazer faculdade de Administração de Empresas para abrir o meu próprio bufê. Recomendo a todos essa experiência."

CORRER ATRÁS - A empresária Janaina Magalleno, chefe da Amanda, conta que a garota só conseguiu o emprego porque sempre foi persistente, pontual e responsável. "As primeiras coisas que analisamos, quando contratamos os colaboradores, são animação, vontade de trabalhar e responsabilidade."

Como os monitores são recrutados por evento, segundo Janaina, é preciso que se goste do que faz e faça bem-feito para ser chamado de novo. O ideal é levar pessoalmente o currículo com foto. Além de monitor, é possível fazer bicos como recepcionista e servir as mesas, entre outras tarefas. No Via Láctea, por exemplo, cada colaborador recebe de R$ 25 a R$ 30 por festa. São realizadas cerca de 40 por mês. Dá para faturar uma boa grana, não?

PODE TRAMPAR ATÉ 22H - A partir de 16 anos já é possível trabalhar, desde que o serviço respeite algumas determinações, como não ocorrer no período noturno (entre 22h e 5h) nem em horários e locais que não permitam frequentar a escola regular. Desde 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) proíbe que menores de 14 anos tenham qualquer tipo de emprego. No entanto, a partir dessa idade é possível atuar como jovem aprendiz em empresas regulamentadas. No caso, o trabalho deve durar até quatro horas diárias e estar ligado à capacitação profissional. A proteção ao trabalho do adolescente é regulada por legislação especial.




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