O governo federal, por intermédio do Ministério da Saúde, vai financiar 70% do Complexo Hospitalar da Vila Luzita, em Santo André. A relação partidária entre a União e a administração Carlos Grana (PT) influenciará no acordo. A Prefeitura andreense protocolou projeto há duas semanas, em Brasília, requerendo a parceria para estruturar e custear o equipamento. O desfecho será anunciado no dia 12, depois de visita técnica de integrantes da Pasta nacional.

Com base em valores estimados, o custo mensal para o funcionamento da unidade de Saúde ficará em R$ 800 mil por mês. Ou seja, a gestão Dilma Rousseff (PT) deve aplicar aproximadamente R$ 6,7 milhões ao ano no centro médico, ainda em fase de obras, localizado na esquina da Avenida São Bernardo com a Rua dos Cocais, ao lado do PA (Pronto Atendimento) da Vila Luzita.

Inicialmente previsto pelo governo Aidan Ravin (PTB) para entrar em operação no começo do ano passado, o hospital teve prazo de entrega prorrogado por série de vezes. Hoje continua em construção, semierguido. O último prognóstico concedido pela gestão foi fim de março, tempo também já expirado. A previsão da administração petista é para o segundo semestre de 2014.

Na ocasião, o governo petebista alegou que no projeto inicial do terreno da Vila Luzita constava a construção de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) 24 horas. Entretanto, a solicitação do Paço foi recusada pelo Ministério da Saúde sob a alegação de que havia outros equipamentos semelhantes próximos do local. Por conta disso, o governo, na oportunidade, justificou a adequação do projeto e inclusão de estacionamento aos usuários, o que adiou os trabalhos.

Apesar da negativa anterior, neste momento, a Pasta nacional já sinalizou pela aprovação de envio dos recursos. O hospital terá cerca de 75 leitos e servirá como unidade de retaguarda, com 165 médicos e atenderá casos de pacientes crônicos. A construção é custeada com recursos municipais de R$ 3,5 milhões.

CERTIFICAÇÃO

O secretário de Saúde de Santo André, Homero Nepomuceno Duarte, analisou que a vistoria do ministério se dará para certificação do projeto. "Estamos na torcida para que a proposta seja aceita (pelo governo federal). Será importante para mantermos a unidade com excelência ao atendimento de pacientes de longa permanência", mencionou.

O hospital começou a ser erguido em 2011. Uma das indicações é transformar a unidade em hospital de retaguarda ao Programa de Internação Domiciliar. A maioria dos atendidos do projeto é de pessoas acima de 60 anos com patologias crônicas, como sequelas de acidentes vasculares cerebrais, Alzheimer e Parkinson.