Os gabinetes dos vereadores da Câmara de São Bernardo recebem os munícipes. Alguns parlamentares atendem normalmente às demandas da população.Outros, gradativamente retornam à rotina legislativa. A cinco dias do reinício das sessões - quarta-feira será realizada a primeira do ano - o clima político ainda é morno na Câmara que em 2009 foi protagonista de inúmeras polêmicas e discussões acirradas.

Os dez vereadores da oposição - PSDB, PSB e PMDB - vão se reunir somente no início da semana, segunda ou terça-feira, para definir a estratégia que será adotada neste ano. "Ficamos afastados nesse período de recesso. Vamos conversar nos próximos dias para alinhar nossa conduta em 2010", afirmou Ary de Oliveira (PSB), líder do grupo contrário à gestão Luiz Marinho (PT).

O socialista adianta, entretanto, que a bancada "continua unida", mesmo com os rumores de que a base governista irá investir na cooptação dos peemedebistas Tunico Vieira e Gilberto França para o grupo de sustentação da administração petista.

"Eles tentaram isso o ano passado inteiro e não conseguiram. Não será agora que vão conseguir. O próprio prefeito Marinho conversou com eles, mas não teve sucesso. Vamos continuar no trabalho para lapidar os projetos que chegam ao legislativo, no intuito de melhorar a vida das pessoas", avalia Ary.

Já os dez governistas - PT, DEM, PPS e PTdoB - estão imbuídos em ajudar o Executivo a solucionar os inúmeros problemas que a cidade enfrenta em decorrência das frequentes enchentes e deslizamentos de terra.

Reunião entre os vereadores realizada terça-feira teve de ser interrompida pela urgência em atender os moradores do Jardim Silvina. "Tivemos de sair para ajudar o pessoal. São 87 áreas de risco na cidade. É muita gente que teve prejuízo, estragos. A base aliada vai conversar semana que vem sobre projetos de lei e as sessões da Câmara", frisa o líder do governo, Tião Mateus (PT).