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Haiti: autoridades estimam 200 mil mortos

Líderes mundiais reúnem-se nesta segunda em Montreal para realizar um balanço sobre a situação no Haiti

Da AFP
25/01/2010 | 08:53
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Quase duas semanas depois do terremoto de 12 de janeiro, as autoridades haitianas divulgaram nesta segunda-feira um balanço superior a 150 mil mortos. Indagada sobre a quantidade de corpos que continuam sob os escombros, a ministra das Comunicações, Marie-Laurence Jocelyn Lassegue, disse que "é difícil dizer, mas o primeiro-ministro falou em 200 mil" mortos no total.

No total, 133 pessoas foram resgatadas dos escombros desde o terremoto, que deixou mais de 194 mil feridos e um milhão de desabrigados. No sábado, um homem de 25 anos, Wismond Exantus, foi resgatado dos escombros de Porto Príncipe depois de passar 11 dias soterrado.

As equipes com material leve começaram a deixar o país, e as que vieram com equipamentos pesados passaram a trabalhar na remoção dos escombros.

Os saques estão se multiplicando na capital, sem que a polícia, que perdeu muitos homens na catástrofe, possa fazer algo a respeito. Para piorar, cerca de 4 mil detentos conseguiram fugir da maior penitenciária de Porto Príncipe, que fica em Cité Soleil, o bairro mais pobre e mais perigoso da capital.

Ajuda - Líderes de mais de 20 países e organizações internacionais reúnem-se nesta segunda-feira em Montreal, no Canadá, para fazer um balanço sobre a situação no Haiti. O objetivo é traçar prioridades no processo de reconstrução do país a longo prazo.

Sob a presidência do ministro de Negócios Estrangeiros do Canadá, Lawrence Cannon, a reunião conta com a presença de governantes de países aliados do Haiti, no âmbito da ONU (Organização das Nações Unidas) - Estados Unidos, Canadá, Brasil, Argentina, França, México, Chile, Costa Rica, Peru e Uruguai. Governantes do Japão, da Espanha e da República Dominicana também devem participar dos debates.

Além da própria ONU, estarão no encontro representantes da União Europeia, da OEA (Organização dos Estados Americanos), do Banco Mundial, do Banco Interamericano de Desenvolvimento, do FFMI (undo Monetário Internacional) e de diversas organizações não governamentais.

Apelo - O governo haitiano elogiou domingo a resposta da comunidade internacional, mas insistiu na necessidade de que as promessas de doações se concretizem.

O chefe da Minustah (Missão de Estabilização da ONU no Haiti), Edmond Mulet, afirmou domingo que precisa urgentemente de homens, veículos e gasolina para levar a ajuda à população.

"Preciso de homens. Preciso de soldados. Também precisamos de carros, de caminhões" e de gasolina para ajudar a população, pediu Mulet, em declarações à rede CNN.

Segundo a OIM (Organização Internacional para as Migrações), com sede em Genebra, são necessárias 100 mil barracas suplementares para alojar, ao menos temporariamente, meio milhão de desabrigados.

Mais de 235 mil pessoas já deixaram Porto Príncipe rumo às regiões rurais, menos afetadas pelo terremoto, informou a ONU, destacando que a contagem não inclui os haitianos que foram por conta própria para casa de parentes ou amigos.

 

 

 

 

 




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