Economia Titulo Energia
Ministro não tem pressa quanto ao setor elétrico
10/01/2010 | 07:29
Compartilhar notícia


O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse na sexta-feira que "não há tanta pressa" na solução da questão das concessões do setor elétrico que começam a vencer em 2015. No entanto, disse que há duas hipóteses: as concessões retornariam ao poder concedente para novas licitações; ou o governo encaminharia um projeto de lei ao Congresso propondo prorrogação.

Em ambos os casos, o governo quer exigir redução de tarifas de energia para os consumidores, já que as usinas cujas concessões estão para vencer já tiveram seus investimentos iniciais amortizados.

"As próximas concessões vão vencer no terceiro governo a partir deste (em 2015). É para o sucessor do sucessor do Lula. Então não há tanta pressa", disse o ministro.

Segundo Lobão, não há, até o momento, uma preferência do governo pela prorrogação ou pela retomada dessas concessões.

O tema veio à tona há cerca de dois anos, quando o governo de São Paulo não conseguiu privatizar a Cesp, justamente porque duas das principais usinas da empresa, Jupiá e Ilha Solteira, terão suas concessões encerradas em 2015.

Belo Monte - Apesar da demora na liberação da licença ambiental da usina hidrelétrica de Belo Monte, Lobão disse que "é impensável" a hipótese de o governo desistir do projeto, mesmo com as fortes pressões de comunidades do Rio Xingu contrárias a obra.

"A principal usina produtora de energia do País não pode deixar de ser construída. Nós teríamos de fazer um mergulho na construção de termoelétricas poluentes e caras para compensar a não realização de Belo Monte. Nunca houve a construção de uma hidrelétrica nos últimos anos sem resistências de certas categorias. E elas foram, com paciência e tolerância, sendo removidas. Aguardamos apenas a licença por parte do Ibama", disse.

A usina terá capacidade para gerar 11,2 mil MW(megawatts).




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;