Política Titulo São Caetano
Some pedido de CPI da dívida pública

Vereador de São Caetano diz que documento não 'existe mais' e não sabe de seu paradeiro

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
05/04/2013 | 07:32
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O vereador de São Caetano Eder Xavier (PCdoB) afirmou que entregou ao presidente da Câmara, Sidnei Bezerra da Silva, o Sidão (PSB), documento com as sete assinaturas parlamentares necessárias para oficializar o pedido da CPI da Dívida. Entretanto, o comunista disse que "esse documento não existe mais" e não sabe de seu paradeiro.

Com as assinaturas em mãos, Sidão poderia ter colocado o documento para o plenário decidir se abriria ou não a investigação sobre o passivo do município. O tema é debate na Câmara desde que o chefe do Executivo, Paulo Pinheiro (PMDB), expôs, no fim de janeiro, herança de R$ 264,5 milhões em restos a pagar da gestão passada. O inquérito foi discutido pelo fato de o ex-prefeito e hoje secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude, José Auricchio Júnior (PTB), ter questionado o número, alegando ter deixado débito de R$ 108 milhões.

Eder é o maior entusiasta da criação da CPI, porém, não tem pressionado Sidão para colocar o pedido na ordem do dia. E deixou de abordar o tema no plenário nas últimas sessões. Após conversa com a assessora política do Paço, Gica Pinheiro, o vereador adotou tom ameno. "Esse documento não existe mais. Ficou na mão do presidente e não existe mais. A Gica prometeu um jeito inusitado e totalmente inovador de nos fornecer informações sobre contratos da dívida da Prefeitura", afirmou Eder.

Além do comunista, Pio Mielo (PT) e Severo Neto (PSB) confirmaram ter assinado o documento. Os outros vereadores que teriam apoiado a CPI são: Magali Selva Pinto (PSD), Chico Bento (PP), Beto Vidoski (PSDB) e Sidão. O presidente da Câmara não atendeu aos telefonemas do Diário para comentar o caso.Severo explicou que o grupo não pressionou pela instauração da CPI porque não tinha informações concretas sobre a dívida, porém, o intuito do inquérito seria de colher dados sobre o caso. "O que o Eder falou está correto, esse documento existiu. Mas nós não colocamos em pauta porque não tínhamos certezas. Agora nós estamos cobrando informações das empresas e a Prefeitura também vai dar informações. Até o fim do mês devemos ter esclarecimentos."

Pio negou que o documento tenha pedido a CPI e disse que as assinaturas foram dadas em um termo de compromisso por cobrança de transparência entre o Executivo e a Câmara. "Não houve pedido de CPI. A Câmara está fazendo seu papel e cobrando informações com requerimentos sobre os contratos com as empresas. Estamos trabalhando pelas informações", argumentou.

 




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