O bom momento do mercado brasileiro de ações levou os investimentos realizados pela internet, via home broker, a bater recorde no valor por negócio em novembro. No mês passado, a média das negociações subiu 12,25% - saindo de R$ 12.813 em outubro, para R$ 14.387 em novembro. Apesar do aumento da média diária, o volume total de negócios no mês diminuiu 20,27%, caindo de R$ 5,973 bilhões em outubro para R$ 4,762 bilhões em novembro.
A participação no volume financeiro das operações pela internet no mercado de ações também foi recorde no último mês, de 20,50%, assim como a participação no número de negócios, de 32,90%. Em outubro, essas participações foram de 19,80% e 32,60%, respectivamente.
A participação dos investidores pessoas físicas no volume financeiro ficou praticamente estável no mês. Esse segmento de poupadores, que considera operações pela internet e telefone, deteve 30,28% de participação, contra 30,53% em outubro. Ao todo, foram contabilizadas 552.750 contas de investidores pessoas físicas com posição em custódia em novembro. Os investidores estrangeiros ocuparam a segunda posição com 29,51%, ante 33,67% em outubro.
IBOVESPA - O Ibovespa (Índice da Bolsa de Valores de São Paulo), o principal da BM&FBovespa, terminou o mês de novembro com valorização de 8,93%. Dentre as ações do índice, as preferenciais da GOL (GOLL4) foram as que registraram o maior ganho mensal, com alta de 37,04%. Completam a lista das cinco maiores valorizações Duratex ON (27,85%), Lojas Americanas (25%), Rossi Residencial (24,68%) e Lojas Renner ON (23,39%).
Os dois principais papéis do Ibovespa, os preferenciais da Vale e da Petrobras, subiram 7,40% e 10,73%, respectivamente, em novembro.
Os investidores que possuem ações da Brasil Telecom na carteira não ficaram muito contentes no mês passado, já que esse papel teve o pior desempenho do índice, acumulando desvalorização de 8,51%. Também registraram perdas no mês BRF Foods ON (-3,96%), Sabesp ON (-2,80%), Souza Cruz ON (-2,73%) e Embraer ON (-2,24%).
CLUBE DE INVESTIMENTO - A BM&FBovespa encerrou novembro com 2.904 clubes de investimento, dos quais 66 foram registrados naquele mês. Os valores do patrimônio líquido detido pelos clubes em novembro ainda não foram divulgados pela bolsa. Em outubro, o patrimônio líquido somou R$ 12,75 bilhões e o número de cotistas chegou a 139.860. "O formato é uma boa porta de entrada para o mercado de ações. O cotista faz parte da gestão da carteira", diz o gerente da mesa de fundos, clubes de investimentos e carteiras administradas da Coinvalores, Marcelo Rizzo.
De acordo com ele, houve recuperação na criação de novos clubes e a tendência é de continuar crescendo em 2010. "O processo de abertura do clube (que antes era de 30 dias) passou para um período entre 40 e 50 dias a partir de setembro, com o aumento da procura."
Segundo Rizzo, a expectativa é positiva para o mercado de ações no próximo ano. "Os fundamentos econômicos estão bons e tudo colabora para que 2010 repita o desempenho surpreendente de 2008."
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