Política Titulo S. Bernardo
Vereadores ignoram pedido
de auditoria no Legislativo

Parlamentares não assinam requerimento solicitando apuração
dos contratos da obra do prédio da Câmara de São Bernardo

Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
04/04/2013 | 07:18
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A contratação de uma empresa para avaliar os contratos da reforma da Câmara de São Bernardo motivou mais uma polêmica na Casa. As bancadas de PT e PSDB, adversárias históricas, se uniram e não assinaram o requerimento protocolado pelos vereadores Fábio Landi e Rafael Demarchi (ambos do PSD) pedindo agilidade na contratação da companhia para fazer pente-fino nos contratos da obra, orçada inicialmente em R$ 28,4 milhões, mas que será concluída em R$ 35 milhões.

Fato semelhante ocorreu em 13 de março, quando os petistas não assinaram requerimento do parlamentar Pery Cartola (PPS) pedindo detalhamento sobre a construção, idealizada pelo ex-presidente da Câmara, Hiroyuki Minami (PSDB). Na semana anterior, a peça recebeu assinaturas do grupo petista, embora a votação tenha sido adiada.

Na ocasião, a oposição acusou vereadores do PT de blindar Minami, alegando que a mudança ocorreu após a visita do tucano e o deputado estadual Orlando Morando (PSDB) ao prefeito Luiz Marinho (PT).

Fábio Landi conseguiu apenas dez assinaturas, das 15 necessárias para o requerimento ser votado em plenário. Ele criticou a postura dos parlamentares. "A população quer transparência no uso do dinheiro público."

Líder da bancada do PT, Paulo Dias avaliou que a auditoria não é necessária. "Só vai gastar mais dinheiro, o que é desnecessário", disse o petista, um dos principais críticos da intervenção no prédio do Legislativo. "Fui contra desde o início a essa construção, tanto que protocolamos pedido de apuração do Ministério Público, mas não tivemos resposta", alegou.

O presidente da Câmara, Tião Mateus (PT), que já avaliava a abertura de licitação para contratação de empresa para realizar a auditoria, afirmou que não se sente pressionado pelo requerimento de Fábio Landi.

"Não tem ninguém pressionando. Quase todos os vereadores reconhecem que a contratação de uma empresa para a auditoria nos dá segurança", disse.

O petista vislumbra gastar pelo menos R$ 50 mil para realizar a apuração. Segundo ele, a abertura de licitação para contratar uma empresa para realizar a auditoria "não é um ato isolado da mesa diretora da Câmara".

 

TENTATIVA FRUSTRADA

Essa não é a primeira vez que Fábio Landi se posiciona de maneira crítica à construção do novo prédio da Câmara, mas sem conseguir seu objetivo.

Em dezembro 2011, o pessedista tentou criar uma comissão provisória para acompanhar a construção, mas a proposta não avançou.

Minami então designou Marcelo Lima (PPS), que presidia a comissão permanente de fiscalização de contratos e convênios, para acompanhar a construção. Porém, o trabalho também não surtiu efeito. O popular-socialista pediu a contratação de uma empresa especializada para ajudá-lo. O tucano não autorizou o auxílio.

 

 




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