Economia Titulo Empréstimos
Economista critica atuação do BNDES com indústria
07/12/2009 | 07:05
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O custo fiscal anual dos empréstimos do Tesouro ao BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), caso se confirme mais um aporte de R$ 100 bilhões, deverá variar entre R$ 5,2 bilhões e R$ 13,8 bilhões, segundo cálculos do economista do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Mansueto Almeida.

Almeida acha que, provavelmente, o valor deve se situar próximo a R$ 10 bilhões, o que equivale a 85% dos recursos programados para o Bolsa Família em 2009, de R$ 11,9 bilhões.

O economista é favorável à política industrial, mas acha que faltam clareza nos objetivos e transparência nos custos do ampliado papel do BNDES. Para calcular o custo dos empréstimos do Tesouro ao BNDES, ele partiu da cifra de R$ 237,5 bilhões, que inclui os R$ 137,5 bilhões emprestados até agosto com o possível novo aporte de R$ 100 bilhões.

"O fortalecimento do BNDES tem um custo, que não é pequeno, e que deveria ser explicitado pelo Tesouro Nacional; o banco deveria mostrar qual o benefício do uso deste dinheiro". Ele nota ainda que a política de formação de grandes grupos empresariais no Brasil não está voltada para a diversificação dos investimentos daqueles conglomerados.




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