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Filme de Lula reúne cúpula petista em São Bernardo
Beto Silva
29/11/2009 | 07:33
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A exibição do filme Lula, o Filho do Brasil, ontem em São Bernardo, reuniu a alta cúpula petista. O presidente assistiu pela primeira vez o longa-metragem que conta a história da sua vida ao lado da mulher Marisa Letícia, e da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), virtual candidata à sucessão do governo federal no ano que vem.

O concorrido backstage da apresentação, realizada no Pavilhão Vera Cruz, também contou com outros caciques petistas, dentre eles José Dirceu, ex-braço-direito de Lula, que poderá voltar à diretoria do partido após ser afastado do cotidiano político em decorrência da acusação de suposta participação no esquema do Mensalão.

Entre os atores do filme - estrelado por Glória Pires, Rui Ricardo, Juliana Barone, dentre outros -, circularam figuras políticas como os senadores Aloizio Mercadante e Eduardo Suplicy, os deputados federais José Genoino e Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, e muitas outras renomadas figuras do partido.

A sessão de cinema - com direito à distribuição de pipoca e refrigerante - foi prestigiada por cerca de 2.500 pessoas, sendo 300 convidados do governo e da produção do filme.

Lula escolheu justamente a cidade que o projetou no cenário nacional, como líder sindical nas décadas de 1970 e 1980, para ver a película que narra sua trajetória de vida. O presidente não compareceu na primeira exibição do longa, dia 17, em Brasília, na abertura do 42º Festival de Cinema Brasileiro.

PARQUE
Antes do disputado evento cultural que teve início às 20h de ontem, Lula participou da inauguração do Parque Cidade dos Direitos da Criança e do Adolescente, que leva o nome da sua mãe Eurídice Ferreira de Mello, a dona Lindu.

Na oportunidade, o presidente adotou discurso paz e amor, sem fazer qualquer anúncio relevante ou crítica efusiva à oposição.

Ao discorrer sobre a homenagem à sua genitora, Lula ressaltou que, no Brasil, "a mulher ainda é tratada como cidadã de segunda classe".

O chefe da Nação observou que, além de projetos voltados para crianças e jovens, o Estado também tem de desenvolver programas para recuperar a estrutura familiar. "É um processo trabalhoso, mais científico, que tem de envolver a União, o Estado e o município, empresários e voluntários. É impossível recuperar adolescentes sem recuperar pai e mãe, que muitas vezes não têm condições de orientar seus filhos."

O presidente criticou ainda a grade de programação das emissoras de televisão brasileiras. "As informações que as famílias recebem em casa não são as mais adequadas. O que a TV ensina? Qual a quantidade de minutos com mensagens educativas? É pouco. O importante (para as emissoras) é o lado comercial. Se não der ibope, não é bom", analisou Lula, que no início da explanação disse que tentaria falar apenas cinco minutos, mas discursou por 18 minutos e 18 segundos.

 




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