Os erros de arbitragem ainda não influenciaram diretamente os resultados do São Paulo, pelo menos na reta final do Brasileirão. Mas já deixam a diretoria são-paulina inquieta. "Os juízes se sentem pressionados nas últimas partidas do campeonato", afirmou o superintendente de futebol do clube, Marco Aurélio Cunha. "Preocupam de maneira geral a todos os times que estão brigando pelo título."

O dirigente são-paulino acredita que o árbitro Elmo Alves Resende Cunha mostrou certo receio de prejudicar os palmeirenses na partida com Sport (2 a 2), quarta-feira à noite, no Palestra Itália. "Percebi o medo de apitar contra o Palmeiras. Ele não deu cartão para o Figueroa e expulsou o Durval em lances semelhantes", lembrou Marco Aurélio Cunha. "Mas teve boa atuação. No lance do segundo gol do Palmeiras realmente apitou, mas validou o lance e fez o certo, porque o Danilo não estava impedido. A defesa do Sport que não poderia ter ficado parada", completou.

Os são-paulinos enfrentam o Vitória amanhã, no Morumbi, jogo que terá arbitragem do gaúcho Leandro Pedro Vuaden. Será a chance de recuperar a liderança do Brasileirão, perdida para o Palmeiras no meio da semana. O São Paulo tem agora os mesmos 59 pontos dos palmeirenses, mas leva desvantagem no saldo de gols. Assim, uma vitória no sábado lhe deixará sozinho na primeira colocação.

Vuaden já apitou duas partidas do São Paulo na competição: vitória sobre o Avaí (2 a 0), no Morumbi, e derrota pelo mesmo placar para o Coritiba, no Estádio Couto Pereira. No jogo em Curitiba, ele chegou a expulsar o zagueiro André Dias. Mas a indicação, a princípio, agrada à diretoria do clube. "É bom juiz, a revelação da arbitragem em 2008, embora neste ano não tenha tido o mesmo destaque", afirmou o vice-presidente Carlos Augusto de Barros e Silva.

"Até preservo a Comissão de Arbitragem, porque a tarefa dela é muito difícil. Falta material humano", concluiu o diretor de futebol do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes.