Política Titulo Adiantamento
Servidores de Diadema devem receber hoje
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
13/11/2009 | 07:24
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O adiantamento salarial dos 7.000 servidores públicos de Diadema, entre efetivos e comissionados, que o prefeito Mário Reali (PT) temia não ser efetuado hoje, está garantido na folha de pagamento da administração municipal, segundo o Diário apurou. Indagada ontem a respeito do assunto, mais uma vez, a Prefeitura não respondeu à população.

No entanto, a única dúvida que ainda pairava nos bastidores do governo é se o pagamento cairia na conta do funcionalismo pela manhã ou à tarde. O prefeito previa mais um sequestro de receita nesta semana por conta de precatórios (dívidas judiciais), que não se concretizou.

A presidente do Sindema (Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema), Jandyra Uehara Alves, foi procurada por telefone, por três vezes, mas não deu retorno à reportagem. Representantes da entidade teriam participado de reunião na Prefeitura, às 17h - inicialmente o encontro estava previsto para as 10h.

Além do adiantamento salarial, a pauta discutiria o pagamento da primeira parcela do 13º salário para parte do funcionalismo público. Pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), a Prefeitura tem até o dia 20 para pagar o benefício - são cerca de 1.000 funcionários. Os concursados e comissionados podem receber o 13º integral até o dia 20 de dezembro.

LEGISLATIVO - Do lado da Câmara de Diadema, os 17 vereadores realizaram ontem sessão ordinária relâmpago. Apenas 30 minutos foram suficientes para votação de sete projetos - a maioria do Executivo.

Porém, a apreciação a toque de caixa tinha um único motivo: fugir do debate com professores da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), regional Diadema, contrários à municipalização do ensino.

Com o governo petista mergulhado em crise financeira sem fim e atraso no pagamento de fornecedores, os vereadores, simplesmente, abriram mão até mesmo de suas tradicionais falas na tribuna da Casa - pelo menos, seis vereadores tinham reservado vez.

"Realmente, hoje (ontem) nenhum vereador quis falar", afirmou José Francisco Dourado (PSDB), um dos poucos parlamentares que ainda permaneceram no plenário, logo após o término da sessão a toque de caixa. Orlando Vitoriano (PT) não conseguiu disfarçar os motivos da curta ordem do dia.

Às 16h chegavam na Câmara os professores. Ali, encontraram um plenário com as luzes já apagadas. "É uma casa de tolerância, que traz o vício de prevalecer o desejo do prefeito. Aqui não existe posição nem oposição", acusou Ivanci Vieira, presidente da Apeoesp local. A Prefeitura municipalizará mais cinco escolas estaduais para 2010 - quatro já foram.

O presidente da Câmara, Manoel Marinho, o Maninho (PT), não deu retorno ao Diário. Entre os projetos, os vereadores votaram e aprovaram, em primeira discussão, o projeto do Executivo que irá transformar o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC de privado para público.




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