Economia Titulo Previdência
UGT defende reajuste para aposentados e pensionistas
11/11/2009 | 07:00
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O presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Pattah, afirmou que a entidade só aceitará proposta do governo federal para reajuste dos aposentados e pensionistas da Previdência que inclua o fim do fator previdenciário. "Não terá acordo em relação a esse instrumento perverso, que reduz os benefícios, que é o fator previdenciário", disse.

Segundo Pattah, a posição da entidade em favor do fim do fator previdenciário, nos moldes de um projeto de lei de autoria do senador Paulo Paim (PT/RS), foi referendada ontem durante a realização da 8ª Plenária da UGT, em Brasília, que reuniu dirigentes regionais da entidade.

O presidente da UGT confirmou a possibilidade de ocorrer reunião entre os dirigentes de todas as centrais sindicais com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva hoje ou amanhã pela manhã, após a 6ª Marcha da Classe Trabalhadora marcada para hoje em Brasília.

Segundo Ricardo Pattah, o reajuste real de 2,5% que está sendo sinalizado para quem ganha mais de um salário mínimo da Previdência Social pode ser melhorado. "No entanto, a nossa principal condição será o fim do fator previdenciário e vamos panfletar o Brasil com essa nossa posição", ressaltou o sindicalista.

A proposta do senador Paim, que extingue o fator previdenciário, não agrada o governo porque elevará as despesas com aposentadorias futuras. O fator é uma fórmula que reduz ou eleva o valor final, de acordo com a idade do segurado.

O Ministério da Previdência Social é contra a proposta porque, além de acabar com essa fórmula, o projeto também restabelece a chamada média curta no cálculo das aposentadorias, considerando apenas os últimos três anos de contribuições ao sistema.

Atualmente, considera-se a média das contribuições feitas desde junho de 1994. O governo não quer o fim do fator, que foi criado em 1999 para desestimular aposentadoria precoce. Desde então, proporcionou ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) economia estimada em R$ 10 bilhões.

O governo aceitou só uma mudança de critério: as pessoas poderiam se aposentar com benefício integral quando a idade, somada ao tempo de contribuição, resultasse em 95 anos (homens), ou 85 (mulheres). Por essa nova fórmula, seria exigido menos tempo adicional de contribuição para não haver redução nos valores finais.




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