Economia Titulo Reforma
Saúde nos EUA requer US$ 900 bi
02/11/2009 | 07:48
Compartilhar notícia


O projeto de reforma do sistema de saúde dos Estados Unidos dos democratas da Câmara dos Representantes implica em investimento total de US$ 894 bilhões em dez anos - pouco abaixo do limite de US$ 900 bilhões estabelecido pelo presidente Barack Obama.

A proposta de lei inclui uma combinação de cortes em programas existentes e novos impostos, incluindo um tributo adicional sobre os americanos com renda mais alta, para contrabalançar seus custos para o orçamento federal.

O projeto vai efetivamente produzir uma poupança líquida de US$ 30 bilhões ao longo dos primeiros dez anos, de acordo com um resumo divulgado pelos democratas.

O líder da maioria na Câmara, o democrata Steny Hoyer, disse que a casa pode começar o debate na sexta-feira, com uma possível votação no fim de semana.

A extensa proposta, de 1.990 páginas, vai exigir que os indivíduos comprem planos de seguro-saúde, vai estabelecer troca de seguro e proporcionar crédito tributário para que as famílias de baixa e média renda comprem um plano.

O projeto de lei inclui uma versão de compromisso de uma opção de seguro público que usa taxas negociadas com médicos e hospitais.

Para atender as metas de custo, os líderes da Câmara voltaram atrás nos subsídios propostos em uma primeira versão do projeto de lei. A proposta expande a elegibilidade para o Medicaid para famílias de quatro integrantes com renda de US$ 33.075 ao ano.

Os democratas dizem que a opção de seguro-saúde pública, junto com novas regras sobre a indústria de seguro, como limites sobre os custos extras, vão ajudar a aliviar o encargo dos custos de saúde para as famílias mais pobres. Em outra mudança, a proposta permitirá que mais pequenas empresas tenham acesso imediato à troca de seguro-saúde.

O projeto também inclui uma provisão aprovada pelo Comitê de Energia e Comércio da Câmara que cria um benefício federal de longo prazo financiado pelas deduções na folha de pagamento daqueles que fizerem tal opção.

Como se esperava, os líderes da Câmara reduziram o alcance do imposto adicional sobre os americanos mais ricos. O novo tributo de 5,4% será cobrado sobre a renda acima de US$ 500 mil para contribuintes solteiros e casais que ganham mais de US$ 1 milhão.

Proposta amplia poder sobre bancos
Um projeto de lei elaborado pela Casa Branca e por democratas da Câmara dos Representantes para o sistema financeiro dos Estados Unidos dará ao governo novos e amplos poderes para policiar as grandes instituições financeiras do país, inclusive dando ao Federal Reserve a autoridade de determinar que um grande banco venda unidades ou interrompa atividades de negociação arriscadas, além da capacidade de assumir o controle e dividir instituições combalidas.

A proposta, apresentada na semana passada pelo presidente do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, Barney Frank, dará ao governo múltiplas ferramentas para reprimir instituições que representem uma ameaça para a economia ampla, como parte de um esforço do governo para evitar que bancos se tornem ‘muito grandes para falir'.

O projeto de legislação exige que as instituições financeiras com mais de US$ 10 bilhões em ativos paguem pelos recursos do contribuinte utilizados para assumir o controle ou desmontar um concorrente que quebrou. Inicialmente, os custos para desmontar um banco caberiam à FDIC (em inglês, Corporação Federal de Seguro de Depósito), que, posteriormente, recuperaria os recursos com esses bancos com mais de US$ 10 bilhões em ativos, o que inclui cerca de 120 bancos dos EUA.

A medida proposta também dá ao Federal Reserve o poder de ordenar que uma grande holding financeira venda ou transfira ativos ou interrompa certas atividades se o banco central determinar que possa haver uma ameaça à segurança e solidez de tal companhia ou à estabilidade financeira nos Estados Unidos.

Déficit norte-americano é excessivamente elevado
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, disse que o déficit norte-americano está realmente em nível excessivamente elevado, mas que a prioridade nesse momento é recuperar o crescimento econômico e criar empregos, informou a agência Associated Press.

Geithner afirmou no programa da NBC ‘Encontro com a imprensa' que os déficits terão de ser reduzidos quando o crescimento se recuperar.

Impostos - Perguntado se os impostos serão elevados, Geithner afirmou que o presidente Barack Obama terá de fazer algumas escolhas difíceis, mas que não deseja aumentar a pressão sobre os contribuintes com renda inferior a US$ 250 mil ao ano.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;