Economia Titulo MFS-Flux
Flux inova em tratamento de efluente
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
26/10/2009 | 07:09
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Especializada em projetos para tratamento de efluentes e beneficiamento de água para indústrias, a MFS-Flux, de São Bernardo, tem boas perspectivas de, em breve, mais do que duplicar seu faturamento.

A empresa investiu cerca de R$ 3,5 milhões para comercializar, no Brasil, de forma exclusiva, produto que pretende ser revolucionário: um polímero (molécula de plástico) em pó que foi modificado por nanotecnologia e, ao ser adicionado ao esgoto industrial separa, em minutos, a água dos resíduos.

Segundo o diretor da MFS-Flux, Fernando Corrêa, a inovação reduz custo e tempo do processo, ao diminuir a apenas uma etapa as tradicionais quatro fases do tratamento, que normalmente leva até cinco horas: acidificação (colocação, por exemplo, de ácido clorídrico), neutralização, decantação e, por fim, a adição de cal para clarificar e corrigir o pH da água tratada.

"Fechamos contrato de licença para distribuição e aplicação com um grupo japonês (que fabrica o polímero)", diz o executivo, que não revela o nome da multinacional que fornece o produto.

Sua perspectiva é ampliar o faturamento, dos atuais R$ 3,5 milhões mensais, para R$ 10 milhões/mês até o fim do ano que vem, por conta do potencial de mercado, em função das vantagens propiciadas com o item.

Entre os benefícios citados, está o de reduzir entre 25% e 35% o custo do tratamento, devido à velocidade da reação, eficácia na remoção de partículas e poder de clarificação da água.

INTERESSE - As metas são ambiciosas, mas se justificam. Corrêa assinala que, em apenas dez dias, houve diversas manifestações de interesse, já foram fechados dois contratos - com indústria do ramo têxtil e da área automotiva - e há testes em instalações da Petrobras.

O executivo acrescenta que, além de comercializar o polímero, a empresa poderá ganhar impulso em atividade que já desenvolve há tempos: de projeto, construção e venda de tecnologia para tratamento de água. A MFS-Flux implantou, por exemplo, sistema de ultrafiltragem para duplicação da fábrica da Coca-Cola no Rio de Janeiro.

Outro projeto executado pela companhia foi para a fábrica da marca Hyundai no Brasil, do grupo Caoa, em Anápolis (GO), que deve entrar em operação em novembro, com a concepção de reúso de água.

PRODUÇÃO - A empresa vai investir ainda outros R$ 2 milhões para iniciar a produção, em São Bernardo, de item com alto poder de absorção de óleo e graxas, que complementará o leque de produtos para o tratamento de efluentes.

Trata-se de grafite expandido, que terá como alvo clientes do setor petroquímico e da área petrolífera. Consegue remover quase 100% do óleo de qualquer superfície: desde vazamentos no mar ou no solo, garante Corrêa.




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