Esportes Titulo Santo André
Euforia e sonho de permanecer na elite contagiam
Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
22/10/2009 | 08:09
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Euforia, alívio e muita alegria no vestiário do Santo André após a vitória sobre o Palmeiras por 2 a 0, ontem à noite. As palavras do presidente da Gestão Empresarial, Ronan Maria Pinto, demonstram o sentimento do grupo. "Aliviado, graças a Deus. E vamos buscar a permanência (na Série A)", comemorou o dirigente.

O meia Júnior Dutra, grata surpresa em campo na vaga de Fernando, exaltou a boa atuação do time e a saída momentânea da zona do rebaixamento.

"É uma vitória que nos dá mais confiança. O melhor foi que a equipe voltou a jogar bem e ganhou moral por vencer o líder", comemorou o jogador.

Segundo o técnico Sérgio Soares, parte da vitória deveu-se ao fato de ter surpreendido o adversário com a entrada de Dutra como titular. "O Palmeiras não esperava. A surpresa deu certo", disse.

O treinador ainda explicou a mudança. "O Dutra tem boa saída de bola e ficou no meio-campo. O time todo se comportou bem. Estou feliz pelo que produzimos e isso mostra que temos condições de escapar do rebaixamento. Fizemos nossa parte, agora vamos torcer contra o Botafogo", concluiu o treinador do Ramalhão.

'Matador' exalta desempenho contra 'freguês'

O atacante Nunes começou a semana apreensivo pela possibilidade de ser suspenso por até dez partidas pela expulsão contra o Vitória. Liberado na véspera da partida contra o Palmeiras, mostrou diante do líder do Campeonato Brasileiro que faria muita falta ao Santo André caso ficasse de fora. Para completar, foi o destaque do jogo ao marcar os dois gols da vitória.

"Acompanhei meu julgamento pela internet e tinha certeza de que ia ser absolvido, pois era inocente, e no jogo consegui ser feliz e marcar os gols da vitória", comemorou o atacante.

Nos 2 a 0 do Ramalhão sobre o Palmeiras, o camisa nove correu e marcou. Mais que isso, confirmou sua condição de artilheiro da equipe no Brasileirão e, com os dois gols, tirou a equipe da zona de rebaixamento.

Nunes contou que prometeu ao amigo Miranda, zagueiro do São Paulo, que ajudaria o Tricolor. "Sempre gosto de fazer gol contra o Palmeiras. Conversei com ele durante a semana e prometi que ia fazer gol. Cumpri, e agora vou cobrar o bicho do próximo jogo do São Paulo", brincou o matador.  (Lucas Tieppo/ Supervisão Angelo Verotti)

Cordialidade impera durante o jogo; no fim, pancadaria

O clima entre as torcidas de Santo André e Palmeiras nos arredores do Estádio Bruno Daniel pouco lembrava que as equipes se enfrentariam pelo Brasileiro. Torcedores com as camisas rivais dividiam sem problemas a mesma região e uma hora antes do jogo ainda era possível encontrar ingressos nas bilheterias. Após o jogo, porém, sobrou pancadaria.

 

"Está bastante tranquilo. Eu moro próximo ao estádio e não tive problemas para chegar", afirmou Jéferson de Souza que, assim como o filho Gustavo, vestia a camisa Alviverde próximo à entrada reservada aos torcedores andreenses.

Apesar de morar na cidade, Jéferson assumiu que torceria pelo Palmeiras e sem peso na consciência. "Tenho camisa do Santo André, mas hoje (ontem) não tem jeito, o lado palmeirense fala mais alto. Acho que vai ser 3 a 0."

Nas arquibancadas reservadas à torcida andreense, a presença de palmeirenses era grande. Dárcio Sabbadin foi um dos que se dividiram entre os dois times. "Se houver empate saio contente. Então, vou torcer por 0 a 0", afirmou antes de a bola rolar. "Eu sempre acompanho o Santo André, independentemente da divisão em que ele está. Então, fico contente por ver o Palmeiras na liderança, mas também triste pela situação do Ramalhão", explicou o torcedor, que levou a família inteira.

Seu filho, Paulo Vitor, 12 anos, previu quem seriam os destaques da partida: o goleiro Neneca - que fez importantes defesas - e o atacante Nunes, autor dos dois gols.

Após o jogo, porém, os torcedores palmeirenses partiram para cima dos integrantes da Fúria, revoltados com mais um tropeço da equipe no Brasileiro. Pedras e paus foram arremessados de lado a lado e a Polícia Militar teve de intervir para evitar maiores consequências. Ninguém se feriu.

BANDEIRA - Os torcedores da Fúria roubaram a cena ao abrir bandeira de 140 metros quadrados para comemorar o aniversário de nove anos de fundação de uma das principais organizadas do Ramalhão. (Supervisão Nilton Valetim)




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