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Biblioteca de Mauá vira centro de formação

Oswaldo destina mais R$ 5 mi para terminar a obra, considerada o 'elefante branco' da gestão petista

Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
16/10/2009 | 07:41
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O prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), precisará de mais R$ 5 milhões para terminar as obras do prédio inacabado da Biblioteca Municipal, considerado o elefante branco da cidade. No entanto, a administração não implantará no local o acervo de livros - assim como foi prometido pelo petista durante a campanha eleitoral do ano passado. O espaço dará lugar a um Centro de Formação de Professores.

O anúncio foi feito ontem pelo secretário de Obras, Helcio Antonio da Silva. "A placa será colocada nos próximos dias. As obras já devem ser retomadas e queremos terminá-la até o final do ano. Faremos um grande esforço para isso", informou.

A construção iniciada em 2003, durante a segunda gestão de Oswaldo, já consumiu cerca de R$ 11,7 milhões ao longo de nove anos. Com a mudança de planos, o valor chegará próximo aos R$ 17 milhões.

O alto consumo de verba pública fez o projeto se tornar uma espécie de calcanhar de Aquiles do petista, quase provocando sua inelegibilidade no ano passado (veja mais em reportagem ao lado). Foram gastos R$ 3,7 milhões só no segundo mandato do petista.

Para acabar com a insatisfação e a constante cobrança dos moradores, a ordem de Oswaldo ao reassumir o Paço foi para terminar a obra o mais rápido possível.

O secretário de Obras confirmou que a Pasta está correndo para entregar o prédio até o fim do ano. A licitação, para a adaptação do projeto e consequente retomada das obras, foi fechada em setembro com a empresa Geométrica, por R$ 4 milhões.

ALUGUEL - A mudança de utilização do prédio, projetado especialmente para receber a biblioteca, não isenta a Prefeitura de construir um local para guardar o acervo de livros.

No PPA (Plano Plurianual), aprovado em setembro no Legislativo, Oswaldo destinou R$ 710 mil para a manutenção de aluguéis do espaço onde hoje está alocada a biblioteca. "Em 2004, ela era essencial; hoje, temos outra conjuntura", defendeu Hélcio da Silva. Para minimizar o impacto da notícia, ele alegou que o Executivo já resolveu a situação. "Faremos um prédio para a biblioteca. Já definimos um novo espaço e estamos elaborando o projeto", disse, sem fornecer mais detalhes.




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