Depois de mais de um ano de novela, a Prefeitura de Mauá sinaliza um desfecho para o fornecimento de remédios à cidade. A administração do prefeito Oswaldo Dias (PT) anunciou no Diário Oficial do Estado as empresas habilitadas na licitação de materiais médico-hospitalares.

Sete empresas foram confirmadas no certame: Kolplast, Vital Hospitalar, Injex, Júpiter, Comercial 3 Albe, Healthtécnica e Medic Center. No entanto, Vital Hospitalar, Júpiter, Comercial Albe 3, Healthtécnica e Medic Center, foram descredenciadas em lotes específicos, não justificados na divulgação. Com isso, a Secretaria de Saúde, capitaneada pelo vice-prefeito, Paulo Eugenio Pereira Júnior, abre o prazo de cinco dias para que as interessadas recorram do parecer da comissão.

Na prática, a secretaria concede a chance de uma guerra de recursos interpostos pelas concorrentes para garantir a preferência, o que pode atrasar novamente o anúncio das vencedoras.

PROBLEMAS - Neste ano, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) paralisou o certame a pedido de uma das participantes, que alegava irregularidades, no edital. Após análise, o órgão pediu a correção em alguns itens antes da reabertura da concorrência.

Um dia após o anúncio da suspensão do certame para a correção dos itens, a administração divulgou a renovação emergencial do contrato de medicamentos, com custo total de R$ 5,6 milhões. O dobro dos acordos fechados com as mesmas empresas no início do ano: R$ 2,8 milhões.

Após o cancelamento do acordo com a Homecare, por problemas no pagamento, o Executivo não conseguiu completar nenhum novo certame na área. A situação gerou multas de R$ 95 mil ao ex-prefeito por irregularidades nas contratações.