A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, admitiu ontem, em Salvador, a hipótese de polarização na campanha pela Presidência da República, em 2010, entre PT e PSDB. "Isso é inexorável." Ela afirmou que o povo poderá optar entre dois projetos: o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, segundo ela, promove profunda transformação no País, e o que tinha antes, do tucano Fernando Henrique Cardoso.
Indagada sobre eventual candidatura da senadora Marina Silva, que recentemente deixou o PT para se filiar ao PV, foi enfática: "Marina não é mais uma pessoa que representa o projeto do presidente Lula. Mas ela representa um projeto e, como tal, devemos considerar".
Dilma reconheceu a divisão da base de Lula na Bahia, mas defendeu a preservação da unidade em nível nacional.
A petista não quis se aprofundar sobre as pesquisas que apontam o favoritismo de seu provável principal adversário, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB). "É difícil definição agora. Acho que pesquisa é o retrato do momento. Não vou brigar com os números", afirmou.
Ele citou fato passado. "Já houve quem disse que ia se eleger antes, até sentou na cadeira e perdeu a eleição." A ministra referia-se ao ex-presidente FHC, que na disputa pela prefeitura de São Paulo com o também ex-presidente Jânio Quadros, em 1982, chegou a sentar-se na cadeira de prefeito durante visita ao Executivo, amparado pelo bom desempenho que vinha apresentando nas pesquisas, mas saiu derrotado na eleição.
Ontem, o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, afirmou que trabalhará na coordenação da campanha de Dilma.
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